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Europa

"Islã pertence à Alemanha", diz Merkel a premiê turco

Chanceler alemã disse que atos anti-imigração eram organizados por pessoas com "ódio nos corações"

12 jan 2015 - 17h11
(atualizado às 17h42)
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O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu (esquerdo), e a chanceler alemã, Angela Merkel, concedem entrevista coletiva em Berlim, na Alemanha, nesta segunda-feira. 12/01/2015
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu (esquerdo), e a chanceler alemã, Angela Merkel, concedem entrevista coletiva em Berlim, na Alemanha, nesta segunda-feira. 12/01/2015
Foto: Hannibal Hanschke / Reuters

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta segunda-feira que o Islã "pertence à Alemanha", num repúdio claro aos atos anti-imigração programados para Dresden e outras cidades.

Um dia depois de caminhar de braços dados com o presidente da França, François Hollande, à frente de uma passeata em Paris para homenagear as vítimas de extremistas islâmicos, Merkel recebeu o primeiro-ministro turco e pediu o diálogo entre as religiões.

Merkel lembrou comentários feitos pelo ex-presidente alemão Christiann Wulff, que disse em 2010 que o Islã era parte da Alemanha, provocando grande debate.

Muçulmanos condenam violência extremista na França:

"O ex-presidente Wulff disse que o Islã pertence à Alemanha. Isso é verdade. Também tenho essa opinião", disse Merkel em entrevista junto ao premiê turco, Ahmet Davutoglu, que também esteve na passeata em Paris.

Ela fez as afirmações horas antes do início previsto de passeatas de um movimento chamado de Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente.

Essas manifestações, lançadas em Dresden, têm sido superadas por contraprotestos. Merkel disse que os atos anti-imigração eram organizados por pessoas com "ódio nos corações".

Merkel declarou que o seu governo está fazendo tudo para garantir que os imigrantes se integrem com sucesso na sociedade alemã, independentemente das suas religiões.

Ela reconheceu a necessidade de mais diálogo entre as religiões, elogiando os muçulmanos por rejeitarem publicamente a violência em Paris e chamando a Turquia de um aliado na luta contra o terrorismo.

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