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Europa

Greve de advogados adia julgamento do capitão do Costa Concordia

9 jul 2013 - 06h40
(atualizado às 08h34)
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O capitão Francesco Schettino chega em tribunal de Grosseto nesta terça-feira
O capitão Francesco Schettino chega em tribunal de Grosseto nesta terça-feira
Foto: AP

Uma greve de advogados provocou nesta terça-feira o adiamento do julgamento do capitão do cruzeiro Costa Concordia, Francesco Schettino, pelo naufrágio registrado em 2012 em frente à Ilha de Giglio, na Itália, no qual morreram 32 pessoas.

O processo, realizado em Grosseto, no centro da Itália, foi adiado para o dia 17 de julho, já que, como estava previsto, alguns dos advogados que participam do julgamento, entre eles o defensor de Schettino, Domenico Pepe, declararam adesão à greve. Por causa deste fato, o presidente do tribunal, Giovanni Puliatti, teve que adiar a sessão para primeira data disponível.

Entre as 32 vítimas do naufrágio em questão, dois corpos ainda não foram resgatados.

Imagem mostra o Costa Concordia ainda costa da Ilha de Giglio na segunda-feira
Imagem mostra o Costa Concordia ainda costa da Ilha de Giglio na segunda-feira
Foto: AP

Embora o adiamento do julgamento fosse previsto, Schettino chegou a comparecer ao teatro de Grosseto, transformado em tribunal para acomodar as partes envolvidas e o público.

Antes de entrar na sala de aula para comunicar sua adesão à greve, o advogado do comandante ressaltou que o tribunal deve levar em consideração o fato de que os outros acusados pelo naufrágio estão sendo acusados com penas mínimas, enquanto Schettino pode pegar até 20 anos de prisão.

O advogado afirmou que Schettino admitiu suas próprias culpas ao aproximar o cruzeiro da costa, o que provocou sua colisão contra um rochedo, mas que depois atuou com responsabilidade para salvar a vida dos passageiros, negando que teria abandonado o navio.

No último dia 22 de maio, o juiz da audiência preliminar Pietro Molino decidiu julgar o comandante Schettino sob a acusação de homicídio culposo múltiplo, abandono do navio, naufrágio e por não ter informado imediatamente às autoridades portuárias sobre a colisão que causou o naufrágio no dia 13 de janeiro de 2012.

Neste julgamento, se apresentaram como 242 partes litigantes, entre passageiros, grupos ambientalistas, prefeituras e também o grupo Costa Cruzeiros, proprietário da embarcação.

Ontem, pelo mesmo motivo, a audiência preliminar do processo paralelo foi adiada para o dia 20 de julho, data em que será decidido a confirmação das penas pactuadas (entre um e dois anos de reclusão) pelos outros acusados do naufrágio: o responsável da ponte de comando, Ciro Ambrosio; a oficial, Silvia Coronica; o timoneiro Jacob Rusli, o chefe dos serviços de bordo, Manrico Giampedroni, e o chefe da unidade de crise de Costa Cruzeiros em terra, Roberto Ferrarini.

EFE   
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