Garoto impedido de usar dreadlocks na escola consegue direito de usar o penteado
Diretoria da Fulham Boys School, em Londres, havia comunicado Chikayzea Flanders, de 12 anos, de que teria de cortar seus dreads ou seria suspenso. Depois que a mãe do menino entrou na Justiça, a instituição permitiu que ele use o cabelo como quiser.
Um garoto de 12 anos que foi suspenso de uma escola em Londres por usar dreadlocks conseguiu o direito de usar o cabelo como quiser.
Em setembro do ano passado, em seu primeiro dia de aula, o britânico Chikayzea Flanders recebeu uma ordem da escola Fulham Boys School para que cortasse o cabelo se não quisesse receber uma suspensão.
Sua mãe, Tuesday Flanders, entrou na Justiça contra a medida, argumentando que a exigência era um ataque à sua religião rastafári, cujos fieis tradicionalmente usam esse tipo de penteado, e tirou o filho da instituição.
Quase um ano depois, a família e a escola agora chegaram a um acordo.
Chikayzea vai poder voltar, desde que "seus dreadlocks sejam mantidos presos para que não toquem o topo de seu colarinho ou cobertos com um tecido de cor definida pela escola"
"Como pais, nós confiamos nas escolas e nos professores para ajudar a moldar a vida das crianças através da educação", disse a mãe do garoto. "Mas eles jamais deveriam restringir expressões da sua identidade ou de suas crenças religiosas"
O diretor da escola, Alun Ebenezer, disse que a escola "tinha lidado com a reclamação (da mãe) através do procedimento de reclamações".
Segundo ele, a política rígida de "aparência e uniforme" da escola continuaria valendo, pois "protege o ethos (o modo de atuação)" da instituição.
"Cerca de 20% dos nossos alunos vêm de escolas privadas e convivem com 40% de alunos de classes menos favorecidas", disse Ebenezer. "A nossa política de uniforme serve para que não haja diferenciação entre os alunos cujos pais ganham milhões de libras e o que vieram de famílias mais pobres."
Um comitê de educação local recomendou que a escola revisse sua política de uniforme à luz da legislação do país.
David Isaac, diretor da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos, que ajudou a família com o processo contra a escola, disse estar feliz que a escola reconheceu "suas falhas nessa questão e concordou em revisar suas políticas".
Após o acordo, a Justiça ordenou que a escola pague uma indenização à Chikayzea e sua mãe e cubra os gastos com o processo.