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Europa

Centro-esquerda desponta como vencedora nas eleições italianas

25 fev 2013 - 11h16
(atualizado às 12h25)
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Favorito nas pesquisas, Pier Luigi Bersani (dir.), do Partido Democrático, votou em Piacenza
Favorito nas pesquisas, Pier Luigi Bersani (dir.), do Partido Democrático, votou em Piacenza
Foto: AFP

A centro-esquerda italiana está em vantagem na eleição geral do país, com liderança de 5 a 6 pontos percentuais sobre a coalizão de centro-direita liderada pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de acordo com duas pesquisas feitas por telefone após o encerramento da votação, nesta segunda-feira.

Pesquisa da emissora de TV Sky publicada após o fechamento das urnas, às 11h (horário de Brasília), mostrou o movimento de protesto do comediante Beppe Grillo em terceiro lugar.

Segundo essa pesquisa, a centro-esquerda está à frente por 5,5 pontos na Câmara e por 6 pontos no Senado, embora o resultado dependa ainda de regiões-chave na disputa. Na mais importante delas, a Lombardia, a Sky disse que a centro-esquerda estava empatada com Berlusconi.

A Sky mostrou a centro-esquerda, de Pier Luigi Bersani, com 34,5%, ante 29% de Berlusconi, 19% de Grillo e 9,5% do premiê tecnocrata Mario Monti, depois de uma campanha sem brilho do partido centrista que decepcionou os apoiadores de Monti entre governos e investidores estrangeiros.

Uma pesquisa feita por telefone para a TV estatal RAI mostrou um panorama semelhante, com a centro-esquerda 6 pontos à frente de Berlusconi na Câmara.

O spread entre os títulos de referência de 10 anos da Itália e seu equivalente alemão diminuiu para 260 pontos-base após a divulgação dos resultados das pesquisas, em um sinal de otimismo dos investidores com a capacidade da centro-esquerda de formar um governo estável e pró-reformas.

O quadro pode mudar depois das projeções de computadores do resultado em ambas as Casas, que se espera para depois de 12h (horário de Brasília).

As leis eleitorais da Itália garantem uma forte maioria na Câmara ao partido ou coligação que obtém a maior parte dos votos nacionais.

No entanto, o Senado, eleito região a região, é mais complicado e o resultado pode virar em algumas regiões, especialmente na Lombardia, no rico e industrial norte, e na Sicília, no sul.

A Itália, terceira maior economia da zona do euro, é fundamental para a estabilidade na região como um todo. O período de maior perigo para o euro foi quando os custos de empréstimos de Roma entraram numa espiral fora de controle, no final de 2011.

A campanha eleitoral foi marcada na maior parte pelas questões econômicas e acompanhada de perto pelos mercados financeiros, preocupados com o risco de um retorno de crise da dívida que deixou a zona euro à beira do desastre e levou o primeiro-ministro tecnocrata Monti ao cargo em 2011.

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