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EUA autorizam Itália e mais 7 a comprar petróleo do Irã

Países devem reduzir "significativamente" as importações

5 nov 2018 - 13h42
(atualizado às 13h54)
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Após a retomada das sanções econômicas ao Irã nesta segunda-feira (5), o governo norte-americano divulgou a lista de países que poderão continuar importando petróleo do país persa sem sofrer punições. Além da Itália, China, Grécia, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Taiwan e Japão seguirão comprando matéria-prima iraniana.

EUA retomaram sanções que estavam suspensas desde 2015.
EUA retomaram sanções que estavam suspensas desde 2015.
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo o governo norte-americano, os países já fizeram reduções significativas nas importações de petróleo bruto, mas "precisam de um pouco mais de tempo para chegar a zero". O presidente, Donald Trump, disse que, ao final do período, dois desses países vão cortar totalmente as importações e outros seis vão reduzi-las "drásticamente".

Além das exportações de petróleo, as sanções atingem a circulação de mercadorias e sistema bancário iranianos. As punições tinham sido extintas em 2015, com o acordo nuclear firmado pelo ex-presidente Barack Obama, com apoio de Reino Unido, França, Alemanha, e Rússia.

Em resposta às punições, houve protestos no Irã com pedidos de "morte à América". O presidente do país, Hasan Rohani, fez um pronunciamento em que afirma que não pretende respeitar as sanções e que o país enfrenta um "estado de guerra". O governo também divulgou imagens de mecanismos de defesa anti-aéreos para mostrar poderio militar.

Segundo o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, mais de 100 empresas internacionais deixaram de fazer transações com o Irã por causa das sanções.

O Reino Unido, a França e a Alemanha não aderiram à punição e prometeram a empresas europeias a criação de um mecanismo de pagamento "legítimo" para manter o comércio com o Irã. O secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steve McNuchin, disse no entanto que o país vai reagir "agressivamente" a qualquer empresa ou organização que tente driblar as sanções. "Nós vamos ver o que acontecer com o Irã, mas eles não estão em uma situação muito boa, eu posso te dizer", afirmou o presidente norte-americano, Donald Trump, que classificou as sanções como "muito fortes".

Os Estados Unidos alegam que Teerã mantém "atividades malignas", como ciberataques, testes de mísseis balísticos e apoio a grupos extremistas no Oriente Médio, mesmo após a assinatura do acordo nuclear de 2015.

Ansa - Brasil   
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