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Ethiopian Airlines questiona software "agressivo" da Boeing

Comentários do executivo-chefe da companhia aérea serão combustível em um debate sobre segurança do modelo 737 MAX

24 mar 2019 - 14h53
(atualizado às 15h42)
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Um executivo da Ethiopian Airlines questionou se a Boeing disse o suficiente a pilotos sobre um software "agressivo", que empurra o nariz do avião para baixo, foco da investigação de um acidente aéreo na Etiópia, este mês. 

Comentários do executivo-chefe e vice-presidente da companhia aérea, neste fim de semana, serão combustível em um debate sobre a segurança do avião 737 MAX, da Boeing, dois dos quais caíram em circunstâncias similares nos últimos cinco meses. 

Ethiopian Airlines questiona software "agressivo" da Boeing
Ethiopian Airlines questiona software "agressivo" da Boeing
Foto: Reuters

A Ethiopian Airlines, companhia aérea mais lucrativa da África, defendeu robustamente seu próprio histórico de segurança, treinamento e procedimentos, depois da queda em 10 de março, que matou 157 pessoas. 

A atenção tem se concentrado no software chamado Maneuver Characteristics Augmentation System, ou MCAS, e os sensores que o ativaram. O MCAS empurra o nariz do avião para baixo se acredita que a aeronave está subindo em um ângulo muito íngreme. 

"Depois da queda, percebemos que o sistema é agressivo", disse Johannes Hailemariam, vice-presidente de operações aéreas da Ethiopian, a repórteres. 

"Passa uma mensagem de demora e toma ação imediata, o que é mais rápido do que a ação que os pilotos foram orientados a tomar pela Boeing", disse Yohannes, um piloto com mais de 30 anos de experiência, inclusive voando aeronaves 777 e 787 da Boeing. 

A Boeing tem se recusado a comentar sobre a queda, citando regras estabelecidas pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), baseada em Montreal, que limitam o que as pessoas envolvidas, além da companhia aérea, podem dizer durante uma investigação. 

A queda do avião da Ethiopian Airlines e outro, em outubro, da indonésia Lion Air, mataram 346 pessoas no total e causaram a maior crise em décadas para a Boeing. 

A empresa perdeu por volta de 28 bilhões de dólares de valor de mercado e o MAX - o avião mais vendido da empresa - está agora em terra, com questões sobre pedidos que valem mais de 500 bilhões de dólares.

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