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Estados Unidos

Rússia pode dar de asilo a ex-técnico da CIA: "EUA ficariam histéricos"

11 jun 2013 - 08h46
(atualizado às 09h13)
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A Rússia estaria disposta a estudar uma solicitação de asilo do ex-técnico da CIA Edward Snowden, responsável pelo vazamento de dois programas secretos do governo dos Estados Unidos para espionar ligações telefônicas e digitais de milhões de americanos.

"Atuaremos de acordo com a evolução dos fatos. Se tal solicitação for encaminhada, teremos que estudá-la", afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, em declarações publicadas nesta terça-feira pelo jornal local Kommersant.

Edward Snowden, em foto divulgada pelo jornal britânico The Guardian
Edward Snowden, em foto divulgada pelo jornal britânico The Guardian
Foto: The Guardian / AP

Snowden assumiu ser o responsável por divulgar à imprensa os arquivos sigilosos sobre a vigilância de milhões de usuários realizada pela Agência Nacional de Inteligência (NSA), cujo objetivo declarado era espionar suspeitos de terrorismo e garantir a segurança nacional na área de telecomunicações.

"Seria uma boa ideia", assinalou ao jornal Kommersant Robert Shleguel, membro do comitê de política informativa da Duma (Câmara dos Deputados). Segundo o jornal russo, Snowden se encontra neste momento em Hong Kong, país que conta com um consulado russo.

O chefe do comitê de Assuntos Internacionais da Duma, Alexei Pushkov, assegurou que, "ao escutar as ligações telefônicas e rastrear internet, os serviços secretos dos Estados Unidos violaram suas próprias leis".

"Snowden, da mesma forma que (o fundador do portal Wikileaks, Julian) Assange, é um defensor dos direitos humanos", afirmou Pushkov.

O chefe do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma se mostrou convencido que, se a Rússia decidir conceder asilo a Snowden, "os Estados Unidos ficarão histéricos", já que "só eles se acham nesse direito".

"Ao prometer asilo a Snowden, Moscou assume sua política de defesa aos perseguidos por motivos políticos", acrescentou Pushkov.

O Departamento de Justiça dos EUA já iniciou uma investigação sobre o ex-técnico da CIA, 29 anos. Caso o mesmo seja acusado pela divulgação de dados sigilosos, ele também poderia reivindicar sua extradição a Hong Kong, já que existe um tratado bilateral a esse respeito.

EFE   
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