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Estados Unidos

Pai de Snowden diz que filho deveria ficar na Rússia

31 jul 2013 - 04h19
(atualizado às 04h24)
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Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Foto: AP

O pai do ex-técnico da CIA Edward Snowden declarou que, se estivesse na mesma situação de seu filho, optaria por ficar na Rússia, informou nesta quarta-feira a emissora russa Rossía-24.

"Se estivesse em seu lugar, eu ficaria na Rússia. Acredito que a Rússia permitirá", afirmou Lon Snowden, cujo filho é procurado pela Justiça dos Estados Unidos por ter revelado uma trama de espionagem em massa por parte dos serviços secretos americanos.

Edward Snowden se encontra há mais de um mês na zona de trânsito do aeroporto moscovita de Sheremetyevo à espera que as autoridades migratórias russas decidam sobre seu pedido de refúgio temporário.

"A Rússia tem a decisão e a capacidade de defender meu filho e de protegê-lo daqueles que querem lhe fazer mal", defendeu o pai do ex-técnico da CIA, que acrescentou que não pode confiar nas declarações das autoridades dos EUA de que seu filho teria um julgamento justo.

O advogado russo Anatoli Kucherena, que assessora o ex-tecnico da CIA, declarou que Snowden teme por sua vida caso seja obrigado a retornar aos EUA e que, nestes momentos, a segurança é sua principal prioridade.

Esse mesmo argumento foi o mesmo usado pelo presidente russo, Vladimir Putin, para justificar sua recusa à extradição de Snowden, tendo em vista que o mesmo poderia ser condenado à pena de morte nos EUA.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reconheceu que o Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB) e o FBI americano mantêm conversas sobre o destino de Snowden, embora a entrega do mesmo tenha sido descartada.

"Não entregamos a ninguém e não vamos fazer isso", ressaltou o funcionário, que ressaltou que o Kremlin também não permitirá que o jovem prejudique os interesses americanos enquanto estiver em território russo.

EFE   
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