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Estados Unidos

Obama sobre armas químicas na Síria: "temos evidências, faltam os fatos"

Em entrevista coletiva para marcar os 100 dias do seu segundo mandato, Obama respondeu perguntas sobre Síria, Boston, Guantánamo e economia doméstica

30 abr 2013 - 11h57
(atualizado em 4/12/2013 às 15h11)
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Obama concede entrevista coletiva na Casa Branca
Obama concede entrevista coletiva na Casa Branca
Foto: AP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou nesta terça-feira, na sua segunda entrevista coletiva do ano, que o uso de armas químicas "modifica o jogo" da guerra civil na Síria. O líder americano, no entanto, disse que tem evidências, mas não os fatos necessários para que uma nova postura em relação ao conflito seja adotada pelos EUA e pela comunidade internacional. "Não sabemos quando, como e por quem essas armas foram utilizadas", afirmou.

"Quando eu estou tomando decisões adicionais, eu quero ter certeza de ter os fatos. Tomar decisões sem tê-los, não teremos em uma posição de ter conosco a comunidade internacional. Isto é o que o povo americano esperaria", acrescentou Obama em relação à incerteza sobre o uso de armas químicas. Questionado sobre o que seria "modificar o jogo", ele disse que significa "aumentar o leque de opções disponíveis para encontrar uma solução para o conflito". 

O governo de Bashar al-Assad foi acusado de utilizar armas carregadas com agentes químicos contra alvos em áreas civis ao tentar atingir os rebeldes. Washington havia advertido anteriormente que o uso das chamadas armas de destruição em massa representaria a ultrapassagem de uma linha vermelha que não deveria ser tolerada e que, nesse caso, a comunidade internacional deveria reagir.

Atentados em Boston

A segunda questão respondida por Obama foi sobre os atentados de Boston. Para Obama, ataques realizados por indivíduos são "um dos perigos enfrentados" pelos EUA agora, pois são ações de difícil prevenção. Ele defendeu os investigadores responsáveis pelo inquérito do atentado na Maratona de Boston, dizendo que as autoridades parecem ter feito seu trabalho corretamente.

"Com base no que vi até agora, o FBI realizou suas funções, o Departamento de Segurança Interna fez o que deveria ter feito, mas é uma coisa difícil". O presidente acrescentou que está pedindo a sua equipe de combate ao terrorismo para avaliar qual trabalho adicional pode ser feito para detectar a ameaça de pessoas que se tornem radicais por conta própria.

Autoridades russas também foram "muito cooperativas" com os investigadores norte-americanos, disse Obama, embora ainda existam ressalvas entre as agências de inteligência dos dois países. Em seguida, enfatizou que os EUA não se sentirão intimidados. "Nós vamos viver nossas vidas".

Guantánamo

Obama também respondeu uma pergunta sobre o fechamento da prisão de Guantánamo. O presidente respondeu que segue querendo fechar o centro de detenção localizado em Cuba, mas vem enfrentando dificuldades junto Congresso para conseguir cumprir um compromisso firmado no início do seu primeiro mandato, no início de 2009. 

"Não é uma surpresa para mim que tenhamos problemas em Guantánamo. Continuo acreditando que devemos fechar Guantánamo. É importante entender que Guantánamo não é necessária para a segurança dos Estados Unidos. Custa caro, é ineficaz", acrescentou o presidente.

Ontem, os EUA tiveram de enviar médicos para sua prisão militar porque 100 dos 166 prisioneiros estão em greve de fome. Muitos estão sendo alimentados a força. Sobre esta questão, Obama foi enfático: "Eu não quero que essas pessoas morram", disse, convocando o Congresso a ajudá-lo a encontrar uma saída legal no longo prazo ao problema de julgar combatentes inimigos.

Fonte: Terra
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