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Estados Unidos

Maratonistas de todo o mundo protestam por cancelamento tardio

3 nov 2012 - 14h27
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Allan Brito
Direto de Nova York
Allan Brito
Direto de Nova York

Argentinos, mexicanos, espanhóis, italianos, japoneses e os próprios americanos fizeram praticamente um coro neste sábado, em Nova York: todos eles concordaram que houve demora no cancelamento da maratona local. Antes de saírem para treinos pela cidade, corredores de todo o mundo entenderam que a supertempestade Sandy realmente é um bom motivo para que não haja a corrida, mas o anúncio deveria ter acontecido no começo desta semana, não apenas na sexta-feira.

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"Desapontador". Em diferentes línguas, essa era a expressão mais usada pelos atletas amadores para definir qual era o sentimento após o cancelamento da Maratona de Nova York. O italiano Alberto, por exemplo, mostrava no rosto essa decepção. "É uma decisão justa, mas nós estamos muito tristes", lamentou ele, já com roupa de corrida, pronto para pelo menos treinar pela cidade.

Vestido com as cores do seu país, o mexicano Santiago Zubiria, de 40 anos, era um dos turistas mais contundentes ao falar sobre o cancelamento: "eu peguei meu número de peito, mas agora não posso correr. Foram quatro meses de preparação e agora foi muito desapontador. Eles deveriam ter cancelado três ou quatro dias antes da maratona", protestou ele, que não sabe se voltará algum dia para correr na cidade.

Já o americano Steven, de 48 anos, está mais decidido: nunca mais correrá na Maratona de Nova York. "Foi um trabalho de dois anos para estar aqui e perdemos tudo. Eu acho justo o motivo do cancelamento, mas deveriam ter avisado antes", declarou o compatriota da maioria das vítimas da supertempestade Sandy.

Houve até um grupo de japoneses que deu a volta ao mundo para correr em Nova York, mas saiu prejudicado. Koshi, o mais experiente, chegou no domingo e viu Sandy de perto, mas não acreditava que a corrida seria cancelada. "Eu aceitaria normalmente o cancelamento se fosse na terça ou na quarta-feira. Mas sexta é difícil", opinou.

Mas todos estes estavam tentando levar a vida normalmente, saindo para treinos ou mesmo para aproveitar a cidade. Já o espanhol Jordi não conseguiu sequer sair do quarto do hotel. "Meu marido chorou muito quando soube da notícia. Ele treinou desde fevereiro para essa corrida e não poderiam ter feito isso" opinou ela, que ainda viu maldade nas intenções dos organizadores: "eles esperaram os turistas chegarem para gastar dinheiro na cidade e só depois cancelaram tudo", reclamou.

Fonte: Terra
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