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Estados Unidos

Gays pedem que Obama acabe com deportações de LGBT nos EUA

18 jun 2014 - 00h17
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Dezenas de pessoas se manifestaram nesta terça-feira no Gotham Hall de Nova York para pedir ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que acabe com o alto índice de deportações de homossexuais porque isso representa um "perigo de morte" para eles, muitos perseguidos em seus países de origem.

Várias organizações defensoras dos direitos dos homossexuais e dos imigrantes ilegais, entre eles muitos da comunidade latina, convocaram uma manifestação em frente ao edifício no qual Obama se reunia com líderes do Partido Democrata de Nova York para mostrar a outra face da política de apoio ao coletivo LGBT.

"Obama foi considerado o presidente mais progressista que tivemos, o que mais trabalhou pela legislação do coletivo homossexual, mas as pessoas se esquecem que é o que mais deportações fez e sua legislação afeta gente que já tem certos privilégios, mas não os que não têm a cidadania americana", explicou à agência EFE o responsável de comunicação do coletivo GetEQUAL, Katrina Casiño.

Segundo os organizadores da manifestação (que também inclui os grupos Queer Undocumented Immigrant Project, United We Dream, Immigration Equality e Make the Road NY), 267 mil imigrantes ilegais se reconhecem membros da comunidade LGBT nos Estados Unidos, vindos de 77 países.

Assim, Roxana, uma transexual de 29 anos, admitiu em público que saiu de seu país, Honduras, "fugindo dos crimes de ódio, perseguida e violentada". "Para mim, ter de retornar com uma deportação é uma sentença à morte", assegurou esta jovem que se descreveu como "uma sobrevivente".

A mexicana Jocelyn Mendoza contou que para ela tinha sido difícil regularizar sua situação levando em conta já ter sido despedida de três trabalhos. "A primeira vez foi por manifestar minha expressão de gênero, depois decidi ocultar minha identidade, mas fui igualmente abusada", relatou Mendoza, que está há dois anos desempregada.

"Se eu for detida, se me mandarem para o México aumenta o risco de sermos vítima de abusos. Praticamente nos mandam para a morte", concluiu.

EFE   
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