"É pior que ataque militar", diz congressista sobre WikiLeaks
29 nov2010 - 12h14
(atualizado às 13h44)
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O congressista republicano Peter King pediu para que o governo dos Estados Unidos investigue a organização WikiLeaks e que analise a possibilidade de incluí-la na lista de grupos que Washington considera terroristas.
King, de Nova York, se manifestou depois que a WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos, alguns deles secretos, referentes principalmente às comunicações do Departamento de Estado com mais de 270 embaixadas, consulados e missões diplomáticas dos EUA no mundo todo.
O senador independente de Connecticut, Joseph Lieberman, que preside o Comitê de Segurança Nacional, disse que as divulgações arriscaram a vida de muitas pessoas.
Os senadores Claire McCaskill, democrata do Missouri, e Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul, também criticaram duramente a WikiLeaks, durante entrevistas em programas da televisão, e disseram que as informações divulgadas poderiam prejudicar a diplomacia dos EUA no mundo todo.
King, que avaliou a divulgação dos documentos como "pior que um ataque militar", pediu ao Departamento de Justiça e ao Departamento de Estado alguma ação contra WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange. King ainda pediu ao secretário da Justiça, Eric Holder, que processe Assange sob a Lei de Espionagem dos Estados Unidos.
Graham admitiu que ele não sabe exatamente de que maneira a exposição pública dos documentos prejudica os Estados Unidos, mas acrescentou: "Estamos em guerra. O mundo torna-se a cada dia mais perigoso". McCaskill declarou que as pessoas que publicam esses documentos deveriam fazer um exame de consciência sobre seu patriotismo.
"Espero que possamos descobrir de onde vem isto e que possamos punir os que entregaram as informações", ressaltou a senadora.
A manchete do The New York Times desta segunda-feira também dá destaque aos documentos do WikiLeaks
Foto: Reuters
Capa do Le Monde desta segunda-feira destaca a divulgação de 250 mil documentos pelo site WikiLeaks
Foto: Reuters
Pessoa compra a edição desta segunda-feira do Der Spiegel em uma banca em Hamburgo
Foto: Reuters
Primeiras páginas de alguns dos principais jornais americanos com manchetes sobre os documentos do Wikileaks são vistas em uma banca de Nova York
Foto: Reuters
Manchete do jornal britânico The Guardian dá destaque ao último escândalo levantado pelos documentos publicados pelo Wikileaks nesta segunda-feira
Foto: EFE
Mulher lê as manchetes dos principais jornais americanos, que falam sobre a publicação dos documentos do WikiLeaks, na frente do Newseum, em Washington
Foto: Reuters
Diversos jornais desta segunda-feira são vistos em uma banca de revistas em Londres, muitos deles contendo a história da liberação pelo site Wikileaks de documentos confidenciais do Departamento de Estado Americano
Foto: AP
Homem vê vários jornais em uma banca de Londres, muitos deles com a manchete sobre a história revelada pelo Wikileaks dos documentos classificados do Departamento de Estado Americano
Foto: AP
Cópias da edição desta segunda-feira do jornal espanhol El Pais são vistas na redação do jornal em Madri. Informações retiradas de documentos secretos fornecidos pelo site WikiLeaks foram publicadas no diário espanhol El País nesta segunda-feira e também em jornais como The Guardian , The New York Times , Der Spiegel e Le Monde
Foto: AP
Manchetes de diversos jornais do mundo inteiro deram destaque ao último escândalo levantado pela publicação de documentos pelo Wikileaks nesta segunda-feira
Foto: EFE
O jornal paquistanês escrito em inglês The Nation também deu destaque às denúncias do WikiLeaks