Especialistas norte-coreanos chegam à Rússia para remover minas em região antes ocupada pela Ucrânia
Equipes norte-coreanas de desativação de minas foram enviados para Kursk, na Rússia, de acordo com o Ministério da Defesa russo nesta sexta-feira (14). A região foi parcialmente ocupada por forças ucranianas entre agosto de 2024 e setembro de 2025.
"Após a significativa contribuição das unidades especiais do Exército Popular da Coreia do Norte para a derrota do inimigo, equipes de desminagem norte-coreanos chegaram agora ao território de Kursk", informou o Krasnaya Zvezda, jornal oficial do Ministério da Defesa.
Treinados em centros de engenharia militar russos, os especialistas norte-coreanos, cujo número não foi especificado, estão sendo auxiliados por robôs na região, onde "centenas" de minas, projéteis e dispositivos explosivos permanecem após a expulsão das forças ucranianas, segundo a mesma fonte.
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O jornal, que apresenta uma longa reportagem sobre o envio, também publicou fotos dos desminadores norte-coreanos em ação na região de Kursk.
No final de junho, a Rússia anunciou que Pyongyang enviaria milhares de especialistas em desativação de minas, militares e trabalhadores do exército norte-coreano para auxiliar na reconstrução da região.
No início de novembro, a Coreia do Sul declarou que aproximadamente 5.000 soldados norte-coreanos haviam sido enviados à Rússia desde setembro para esse fim, citando seus serviços de inteligência.
Parceria Rússia - Coreia do Norte
O governo norte-coreano forneceu tropas para repelir o Exército ucraniano, que havia conquistado uma posição em uma pequena parte da região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, entre o final de 2024 e a primavera de 2025 no hemisfério norte.
Rússia e Coreia do Norte estão vinculados por um acordo de defesa mútua assinado em 2024, durante uma visita do presidente russo Vladimir Putin à Pyongyang.
As relações entre os dois países se intensificaram desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022. A Coreia do Norte participou ativamente do conflito, enviando milhares de soldados ao seu aliado, além de armas e munições. Além disso, uma linha aérea entre Moscou e Pyongyang foi reaberta no final de julho, a primeira em décadas. Ela representa mais um avanço na parceria bilateral.
Com AFP
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