Equador detém programador sueco ligado a Assange
O Equador disse nesta sexta-feira estar mantendo sob custódia um programador ligado ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, enquanto ele aguarda possíveis acusações por interferir em comunicações particulares, um dia após encerrar o asilo de sete anos de Assange em sua embaixada em Londres.
A ministra do Interior, María Paula Romo, disse que procuradores podem apresentar acusações contra Ola Bini, que, segundo ela, vive no Equador e visitou Assange dezenas de vezes na embaixada de Londres.
Nas últimas semanas, o presidente do Equador, Lenín Moreno, acusou o WikiLeaks e Assange de violar sua privacidade ao publicar fotos de família dele. O WikiLeaks nega a acusação, e diz que Moreno estava tentando abafar informações sobre alegações de corrupção contra ele.
"Ele está detido para fins de investigação. Essa é uma detenção que aconteceu nas últimas horas, ordenada por juízes, claro, e solicitada por procuradores estatais", disse Romo em declaração televisionada. "Essa pessoa é muito próxima ao WikiLeaks".
Romo, que havia anunciado na quinta-feira a detenção de um indivíduo não identificado, não forneceu mais detalhes.
Em seu site, Bini se descreve como um desenvolvedor de softwares que trabalha para o Centro de Autonomia Digital, que é sediado em Quito, com foco em privacidade e segurança digital. O site não menciona o WikiLeaks.
Bini e o Centro de Autonomia Digital não responderam de imediato a emails pedindo comentários.