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Em alta, presidente chinês busca acalmar Trump enquanto EUA pressionam China

5 nov 2017 - 18h32
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Quando se reuniram em abril na propriedade do presidente norte-americano, Donald Trump, em Mar-a-Lago, o presidente chinês Xi Jinping encontrou uma maneira de encantar o antigo magnata do setor imobiliário.

Trump saudou a "boa química" da cúpula ensolarada na Flórida e previu que "muitos dos problemas potenciais vão desaparecer". O "bromance" (romance entre amigos) deve continuar quando Xi retornar o favor ao promover uma recepção generosa para a visita de Trump, que começa na quarta-feira.

Xi ganhou mais poder desde o último encontro dos líderes, enquanto Trump está sob uma nuvem política após seu ex-diretor de campanha ser indiciado em uma investigação sobre a influência da Rússia na eleição presidencial de 2016.

Especialistas chineses dizem que Pequim aprendeu a lidar com Trump, magnata do setor imobiliário que nunca teve um cargo político antes de se tornar presidente, e cuja administração tem sido turbulenta em seus 10 primeiros meses.

"A China tem uma visão objetiva dele. Vamos fazê-lo se sentir confortável", disse Wang Yiwei, professor de relações internacionais da Universidade de Renmin. "Ele pode acabar sendo reeleito. Precisamos olhar para isso com uma perspectiva de longo prazo, e não olhá-lo como "outro" ou como uma piada."

Trump claramente respeita Xi.

Em um telefonema de parabenização, Trump saudou a "extraordinária elevação" de Xi, cujos pensamentos políticos foram consagrados na constituição do Partido Comunista no mês passado durante um Congresso que marcou o início de seu segundo mandato.

A bordo do Força Aérea 1 a caminho da Ásia, Trump citou os níveis recordes do mercado de ações, o baixo desemprego e o Estado Islâmico "virtualmente derrotado no Oriente Médio" como evidência de seu próprio sucesso.

"(Xi) sabe disso e respeita isso", disse o presidente norte-americano, acrescentando que o comércio ainda é fator irritante nos laços. "Eu acho que ele nos está vendo como muito, muito fortes e também muito amigáveis. Temos que melhorar no comércio com a China pois agora está uma via de mão única. Tem sido assim por muitos anos. E melhoraremos."

O embaixador da China nos Estados Unidos, Cui Tiankai, afirmou que Trump irá receber uma experiência em Pequim de "visita de Estado plus". Não ficou claro o que esse "plus" significa.

Trump deve ir à Cidade Proibida e participar de uma inspeção das tropas chinesas, ainda que a China tenha divulgado poucos detalhes.

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