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Em alta nas pesquisas, Warren vira alvo em debate nos EUA

Adversários questionaram planos econômicos da senadora

16 out 2019 - 10h24
(atualizado às 10h51)
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Em alta nas pesquisas, a senadora Elizabeth Warren virou alvo no quarto debate das primárias do Partido Democrata para as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos.

Elizabeth Warren alcançou Joe Biden nas pesquisas
Elizabeth Warren alcançou Joe Biden nas pesquisas
Foto: ANSA/AP Photo/John Minchillo / Ansa - Brasil

A pré-candidata de 70 anos ganhou fama por suas batalhas contra Wall Street e defende medidas como o aumento da taxação contra bilionários e a universalização do atendimento de saúde, mas agora é vista por seus oponentes como adversária a ser batida.

O quarto debate democrata reuniu 12 pré-candidatos, muitos deles ainda em busca de viabilizar sua presença em uma corrida que começará de fato em fevereiro de 2020. Os mais centristas, como o prefeito de South Bend, Pete Buttigieg, e a senadora Amy Klobuchar, preferiram poupar o até então favorito Joe Biden e voltaram suas armas contra Warren.

Identificada com o eleitorado mais progressista, a senadora hesitou ao ser questionada sobre um possível aumento de impostos para financiar a universalização do sistema de saúde. Até Bernie Sanders, que disputa com ela o voto da esquerda, a criticou.

"Acho que é apropriado reconhecer que os impostos aumentarão", disse o senador. "Ao menos Bernie foi honesto, acho que devemos dizer aos americanos quem pagará a conta", atacou Klobuchar. Warren também foi criticada por suas propostas de taxar bilionários e de desmembrar os grandes conglomerados do Vale do Silício, como Facebook e Google.

Apesar disso, manteve-se firme em suas ideias e afirmou que prefere investir nas novas gerações de americanos do que "proteger bilionários". A notícia negativa para Warren chegou de fora do palco do debate: a congressista Alexandria Ocasio-Cortez, porta-voz das novas gerações e da ala mais progressista do Partido Democrata, decidiu apoiar Sanders, segundo o Washington Post, o que pode dar novo impulso a uma campanha que parecia estagnada.

O senador vinha perdendo espaço para Warren nas pesquisas e enfrentando questionamentos por causa de seus 78 anos, sobretudo depois de um ataque cardíaco nas últimas semanas, mas garantiu que está em boa saúde. "Farei uma campanha vigorosa por todo o país", prometeu.

Biden

Pivô do inquérito de impeachment contra o presidente Donald Trump, Joe Biden contou com a benevolência dos rivais, que evitaram referências a um potencial conflito de interesses envolvendo a atuação de seu filho, Hunter, na Ucrânia.

Logo no início do debate, no entanto, ele foi questionado pelo moderador se era normal tentar influenciar a política ucraniana quando ocupava o cargo de vice-presidente dos EUA, enquanto Hunter era conselheiro de uma empresa de energia no país europeu.

O pré-candidato respondeu que seu filho não fez nada de errado e que sua pressão para derrubar um procurador-geral que investigava a empresa em questão fazia parte da política americana para reduzir a corrupção na Ucrânia.

Biden, no entanto, evitou se justificar sobre um potencial conflito de interesses, acusação que os democratas frequentemente apontam contra Trump e seus filhos. Depois disso, o ex-vice-presidente teve participação discreta no debate. 

Ansa - Brasil   
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