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Elon Musk mira fechamento de agência de auxílio humanitário dos EUA

3 fev 2025 - 17h15
(atualizado às 20h42)
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O governo Trump impediu que funcionários da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) entrassem em sua sede, no centro de Washington, nesta segunda-feira, enquanto agia para fechar a agência, o que levou dois senadores democratas a prometerem bloquear as confirmações de indicados para o Departamento de Estado em protesto.

O bloqueio aumentou o caos que consumiu a agência, que distribui bilhões de dólares em auxílio humanitário em todo o mundo, desde que Trump ordenou o congelamento da maior parte da ajuda externa dos EUA horas depois de assumir o cargo em 20 de janeiro.

A USAID está na mira do bilionário Elon Musk, encarregado pelo presidente de reduzir o tamanho do governo federal, para ser fechada. Uma autoridade sênior da Casa Branca, falando sob condição de anonimato, disse que Trump estava considerando a fusão da Agência com o Departamento de Estado e havia "confiado a Musk a supervisão da eficiência dessa agência".

Um grupo de parlamentares democratas, aplaudido por dezenas de funcionários e prestadores de serviços da agência licenciados, realizou um protesto em frente à sede da Agência, fechada para os funcionários neste dia, de acordo com um email interno visto pela Reuters.

"Não temos um quarto ramo do governo chamado Elon Musk", disse o deputado Jamie Raskin, no lado de fora do prédio.

Os senadores Brian Schatz e Chris Van Hollen afirmaram que bloqueariam a confirmação de indicados de Trump para cargos no Departamento de Estado, sob regras que lhes permitem suspender indicações, mesmo que a maioria republicana da Casa queira que elas avancem.

"Temos controle sobre o calendário de indicações", disse Van Hollen. "Faremos tudo o que pudermos para impedir que os indicados do Departamento de Estado avancem até que essa ação ilegal seja revertida."

"CONTRA A LEI"

Centenas de programas da USAID, que cobrem bilhões de dólares em auxílio que pode salvar vidas em todo o mundo, foram interrompidos depois que Trump, em 20 de janeiro, ordenou o congelamento da maior parte da ajuda externa dos EUA, dizendo que queria garantir que ela estivesse alinhada com sua política "EUA em primeiro lugar".

Se a USAID fosse colocada sob o guarda-chuva do Departamento de Estado, isso provavelmente teria consequências dramáticas para a distribuição da auxílio dos Estados Unidos, o maior doador individual do mundo.

Musk tem criticado cada vez mais a USAID, dizendo que ela é uma agência de esquerda que não presta contas à Casa Branca. Críticos de Musk afirmam que suas acusações são frequentemente apresentadas sem provas e podem ser ideologicamente motivadas.

A onda de eventos também enfatizou o poderoso papel de Musk na definição da agenda de Trump. Na semana passada, a equipe de Musk no Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) obteve acesso aos sistemas de pagamento mais sensíveis do Tesouro e, como noticiou a Reuters, bloqueou o acesso de alguns funcionários federais de carreira aos computadores da agência.

Na USAID, dois funcionários seniores de segurança foram colocados em licença depois de se recusarem a fornecer documentos confidenciais aos funcionários do Doge que estavam no local durante o fim de semana.

"O que está acontecendo com a USAID é contra a lei", disse Schatz à Reuters, no lado de fora da sede da agência. "É totalmente ilegal e perigoso para os norte-americanos no país e no exterior."

Alguns funcionários da USAID acenavam com cartazes enquanto os parlamentares falavam, incluindo um que dizia: "A USAID salva vidas".

Democratas argumentaram que eliminar a independência da USAID exige um ato do Congresso. Trump disse a repórteres nesta segunda-feira que não acreditava que isso fosse necessário.

"Adoro o conceito (da USAID), mas eles se revelaram lunáticos radicais de esquerda", disse Trump.

RUBIO TORNA-SE CHEFE INTERINO DA AGÊNCIA

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse a repórteres em San Salvador que agora é o chefe interino da USAID, dizendo que a agência é "completamente não responsiva" e acusando a equipe de "não querer responder a perguntas simples" sobre os programas.

"Se você olhar missão por missão e embaixada por embaixada, verá que, em muitos casos, a USAID está envolvida em programas que vão contra o que estamos tentando fazer em nossa estratégia nacional com aquele país ou com aquela região. Isso não pode continuar", disse Rubio.

No ano fiscal de 2023, os EUA desembolsaram 72 bilhões de dólares em auxílio ao redor do mundo para tudo, desde a saúde das mulheres em zonas de conflito até o acesso à água potável, tratamentos de HIV/AIDS, segurança energética e trabalho anticorrupção. Forneceu 42% de toda a ajuda humanitária monitorada pela ONU em 2024.

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