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Egito anuncia "esforços" com mediadores para obter trégua em Gaza

A delegação do Hamas chegou ao Cairo nesta terça-feira (12) e é liderada por Khalil Al-Hayya, vice-presidente político do grupo e representante de Gaza no Parlamento Palestino. Segundo o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, o país está atuando junto ao Catar e a outros mediadores para alcançar uma trégua. O chefe do serviço de inteligência egípcio, Hassan Rashad, foi designado para negociar com o grupo palestino.

13 ago 2025 - 09h00
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A delegação do Hamas chegou ao Cairo nesta terça-feira (12) e é liderada por Khalil Al-Hayya, vice-presidente político do grupo e representante de Gaza no Parlamento Palestino. Segundo o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, o país está atuando junto ao Catar e a outros mediadores para alcançar uma trégua. O chefe do serviço de inteligência egípcio, Hassan Rashad, foi designado para negociar com o grupo palestino.

O ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, quer retomar as negociações sobre a trégua em Gaza
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, quer retomar as negociações sobre a trégua em Gaza
Foto: AP - Thanassis Stavrakis / RFI

Alexandre Buccianti, correspondente da RFI no Cairo, com agências 

O objetivo do chanceler egípcio é alcançar um cessar-fogo de 60 dias. A proposta de acordo inclui a libertação de reféns israelenses e a entrega de cadáveres.

Já o Hamas pede a libertação de prisioneiros palestinos e a retirada das tropas israelenses. Mas o grupo se recusa a entregar as armas e Israel exclui a retirada militar de Gaza, o que complica as negociações. 

Khalil Al-Hayya gerou polêmica ao pedir que o povo egípcio agisse para impedir que os habitantes de Gaza morressem de fome. As declarações tiveram repercussão negativa no país.

Em contrapartida, a entrada de ajuda humanitária em Gaza deve ser mantida e, na terça-feira, 300 caminhões egípcios carregados de suprimentos transferiram seus carregamentos para caminhões palestinos através do ponto de passagem israelense de Kerem Shalom. 

26 países denunciam a situação em Gaza 

A crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu níveis "inimagináveis", denunciaram 26 países em um comunicado conjunto na terça-feira (12).

"É necessária uma ação urgente para deter e reverter essa situação", declararam os ministros das Relações Exteriores no comunicado. 

A declaração, que exclui a Alemanha, foi assinada pela chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, e pelos ministros das Relações Exteriores de 17 membros da UE.

Entre eles estão os ministros das Relações Exteriores da França, Austrália, Bélgica, Canadá, Chipre, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Grécia, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Lituânia, Letônia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Noruega, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido. 

Os 27 países da UE têm demonstrado profundas divisões sobre como lidar com Israel desde o início da guerra em Gaza. 

A Alemanha defendeu por muito tempo o direito de Israel à autodefesa, dentro dos limites do direito internacional. Mas na sexta-feira, Berlim deu sinais de uma mudança significativa de postura ao anunciar a suspensão das exportações de armas que poderiam ser usadas por Israel em Gaza. 

Outros países, como a Espanha, acusam Israel de cometer "genocídio" contra os palestinos de Gaza.  Dentro da própria Comissão Europeia também há mudanças. Em entrevista ao site Politico, a vice-presidente Teresa Ribera afirmou que a situação em Gaza "se assemelha muito" a um "genocídio". 

Transferência dos palestinos

Netanyahu voltou a defender a ideia de uma transferência forçada em massa da população civil do enclave, chegando a propor que países terceiros acolham os palestinos expulsos. 

Nesta quarta-feira, o chefe do Exército israelense "aprovou" o novo plano de operações militares "previstas para Gaza", segundo um comunicado das Forças Armadas. 

"O chefe do Estado-Maior, o tenente-general Eyal Zamir, realizou hoje (quarta-feira) uma reunião durante a qual aprovou a estrutura principal do plano operacional do Exército na Faixa de Gaza", segundo o texto, que não fornece detalhes sobre o cronograma. 

O plano de expansão da guerra também causou temor em Israel, onde a mobilização pelo fim do conflito cresceu com o chamado para um bloqueio nacional no domingo, 17 de agosto, exigindo o fim da guerra. 

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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