Síria: governo diz que rebeldes mataram 123 pessoas, a maioria civis
A mídia estatal da Síria acusou insurgentes neste sábado de matar 123 pessoas, a maioria civis, durante uma ofensiva rebelde nesta semana para tomar a cidade de Khan al-Assad, no norte do país. A revolta popular de dois anos, que se tornou guerra civil, deixou mais de 100 mil mortos até agora, e tanto as forças leais ao presidente Bashar al-Assad quanto os rebeldes são acusados de crimes de guerra por grupos de direitos humanos.
A agência de notícias estatal Sana disse que "grupos terroristas armados" cometeram um "massacre ... mutilando os corpos dos mártires e atirando-os em um grande buraco nas cercanias da cidade, além de incinerar vários dos corpos".
As acusações surgem um dia depois de um grupo rebelde, que se intitula os Apoiadores do Califado Islâmico, publicar um vídeo no YouTube mostrando cerca de 30 corpos de homens jovens empilhados contra uma parede, e que dizem ser milicianos pró-Assad.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo de monitoramento anti-Assad, citou ativistas presentes em Khan al-Assal na sexta-feira segundo os quais mais de 150 soldados foram mortos na segunda e terça-feiras na cidade e ao redor, incluindo 51 soldados e oficiais que foram executados.
Depois de conquistar apoio ocidental nos primeiros momentos da revolta, a oposição vem sucumbindo a lutas internas entre grupos islâmicos moderados e linha dura. Enquanto isso, Assad tem contado com Irã, Rússia e a milícia libanesa Hezbollah para apoiar sua repressão.