Ainda sem decisão final, Obama considera "ação limitada" na Síria

O presidente dos Estados Unidos, reafirmou nesta sexta-feira que ainda não tomou uma decisão sobre uma eventual ação na Síria e, na linha das especulações recentes, afirmou que considera optar por uma "ação estreita e limitada" no país de Bashar al-Assad. O anúncio ocorre após seu colega e aliado, o premiê David Cameron, ser derrotado no Parlamento britânico em sua moção que abriria caminho para uma intervenção.

"Eu não tomei uma decisão", repetiu Obama, completando que ele e sua equipe consideram uma vasta gama de opções de ação. "Não estamos considerando um compromisso indefinido. Não estamos considerando o envio de tropas", disse o presidente americano em referência ao plano de uma intervenção militar com início e fim pré-determinados e marcada pela ausência de soldados em solo sírio.

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Ao manter aberta a opção de uma ação militar, Obama também criticou a estagnação do Conselho de Segurança, cujos cinco membros vêm esbarrados em desavenças próprias na tentativa de alcançar um acordo sobre a Síria. "O que nós vimos, até agora pelo menos, é uma incapacidade do Conselho de Segurança de avançar frente a uma clara violação das normas internacionais", criticou.

Mais cedo, o secretário de Estado americano, John Kerry, afimou que evidências "claras" e "convincentes", oriundas de "milhares" de fontes, condenam o regime sírio de Bashar al-Assad pelo uso de armas químicas contra os rebeldes do país. Em pronunciamento na Casa Branca, Kerry divulgou resultados de um relatório elaborado pelo governo americano e igualmente defendeu uma operação militar limitada na Síria.