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'Com negociação, sem negociação, ele vai deixar o poder', diz ganhadora do Nobel da Paz sobre Maduro

María Corina Machado afirmou que ofereceu garantias para que o ditador avance em uma 'transição pacífica' e defendeu ação militar dos EUA no Caribe

14 out 2025 - 10h32
(atualizado às 10h34)
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A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, afirmou na segunda-feira, 13, que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, deixará o poder com ou sem negociação.

A afirmação ocorre em meio à crise causada pelo envio de navios de guerra dos Estados Unidos ao Caribe, o que foi classificado por Maduro como "assédio". Os americanos, por outro lado, alegam que se trata de uma operação contra o narcotráfico e acusam o venezuelano de liderar um cartel de drogas.

Em entrevista à Agence France-Press, María Corina afirmou que apoia a ação militar, mas evitou falar em invasão. "A invasão que existe aqui é a dos cubanos, dos russos, dos iranianos, do Hezbollah, do Hamas, dos cartéis de drogas, da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Essa é a invasão que ocorre na Venezuela", disse.

A líder da oposição Maria Corina Machado gesticula durante um protesto antigovernamental em 9 de janeiro de 2025 em Caracas, Venezuela.
A líder da oposição Maria Corina Machado gesticula durante um protesto antigovernamental em 9 de janeiro de 2025 em Caracas, Venezuela.
Foto: Jesus Vargas/Getty Images

"O que estamos pedindo é que essas estruturas que saquearam o país e que deixam esse rastro de morte e dor sejam desarticuladas, e Maduro tem neste momento a possibilidade de avançar em uma transição pacífica. Com negociação, sem negociação, ele vai deixar o poder", afirmou a líder da oposição.

María Corina também disse que a ação militar dos EUA no Caribe "é uma decisão que um país tomou com base em suas estratégias de defesa de segurança nacional". "Quem declarou guerra aos venezuelanos foi Nicolás Maduro. É quem aplica terrorismo de Estado internamente e narcoterrorismo externamente", afirmou.

Ela defendeu que Maduro fraudou as eleições presidenciais do ano passado e que Edmundo González foi o verdadeiro vencedor.

"Dissemos que estamos dispostos a oferecer garantias, que não tornaremos públicas até nos sentarmos à mesa de negociações. Se ele insistir em aplicar mais e mais força, as consequências serão de sua responsabilidade direta, de mais ninguém", afirmou. "Que consequências? Não vou especular sobre isso. Nós, venezuelanos, não temos armas de fogo, temos a palavra, temos a organização cidadã, temos a pressão, temos a denúncia", acrescentou.

Após saber por meio de uma ligação na sexta-feira, 10, que foi a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina dedicou a honraria ao povo venezuelano e ao presidente dos EUA, Donald Trump. "Existe um consenso geral entre os venezuelanos em reconhecer o presidente Trump, o que consideramos justo e necessário", disse. "É para transmitir a ele o quanto a Venezuela precisa da sua liderança e da coalizão internacional que se formou (...) que estão cortando as fontes de financiamento do crime, que são as que sustentam este regime."

A líder da oposição também afirmou que mantém uma comunicação "fluida" com Washington e com governos da América Latina e da Europa e que mantém "cada vez mais" contato com militares que juraram em público lealdade a Maduro.

Questionada sobre a possibilidade de ocorrer uma revolta, ela disse que, de civis a militares, todos tem "um papel a desempenhar". "De qualquer forma, qualquer ação que respeite as eleições presidenciais de 28 de julho seria a restauração da Constituição."/Com informações da AFP

Estadão
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