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Chanceler do Irã acusa EUA de violarem acordo da ONU por negarem visto

7 jan 2020 - 17h02
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, acusou os Estados Unidos nesta terça-feira de violarem seu acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) ao lhe negarem um visto para discursar em uma reunião do Conselho de Segurança em meio à escalada das tensões entre Washington e Teerã.

Chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, em Moscou
30/12/2019 REUTERS/Evgenia Novozhenina
Chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, em Moscou 30/12/2019 REUTERS/Evgenia Novozhenina
Foto: Reuters

Uma autoridade dos EUA, que pediu anonimato, disse à Reuters na segunda-feira que Zarif não receberia um visto para comparecer à reunião de quinta-feira. O chanceler confirmou nesta terça-feira que não receberá um visto norte-americano.

"O que sabemos é que o secretário de Estado (Mike Pompeo), em um telefonema ao secretário-geral das Nações Unidas (António Guterres), disse: 'Não temos tempo de emitir um visto para Mohammad Javad Zarif e não emitiremos um visto'", disse Zarif, de acordo com a agência de notícias iraniana semioficial Isna.

"O secretário-geral respondeu dizendo que é direito do Irã participar desta sessão."

Zarif queria acompanhar uma reunião do Conselho de Segurança a respeito do cumprimento da Carta da ONU. A reunião e a viagem de Zarif foram planejadas antes do acirramento mais recente das tensões entre Washington e Teerã.

A reunião do Conselho de Segurança teria dado a Zarif um palanque global para criticar os EUA publicamente por terem assassinado o comandante militar iraniano Qassem Soleimani em Bagdá na sexta-feira.

"Não acho que o secretário Pompeo achou que era a hora certa de o senhor Zarif vir aos Estados Unidos, e sempre que vem a Nova York ele espalha propaganda", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Robert O'Brien, à Fox News nesta terça-feira.

"Acho que ele não terá problema por perder esta reunião", disse, dando a entender que o diplomata poderia participar por telefone ou videoconferência.

Zarif escreveu no Twitter na manhã desta terça-feira: "Do que eles realmente têm medo? Da verdade?"

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