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Casos de coronavírus no Japão ultrapassam 1.000 e governo reitera planos para Olimpíada

4 mar 2020 - 09h38
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O número de infecções confirmadas por coronavírus no Japão superou nesta quarta-feira a marca de 1.000, a maioria do navio Diamond Princess, e o governo reiterou que os planos para sediar a Olimpíada de Tóquio em julho continuam em curso.

Pessoas usando máscara de proteção em Tóquio
03/03/2020
REUTERS/Athit Perawongmetha
Pessoas usando máscara de proteção em Tóquio 03/03/2020 REUTERS/Athit Perawongmetha
Foto: Reuters

Cinco novas infecções foram relatadas até quarta-feira à tarde, em localidades de Yamaguchi, no oeste, até Hokkaido, no norte, confirmando a propagação do vírus em todo o país e levantando dúvidas sobre se os Jogos Olímpicos podem ir adiante.

Os novos casos elevam o total no Japão para mais de 1.000, de acordo com cálculo da Reuters, dos quais 706 são do navio Diamond Princess. Doze pessoas morreram, sendo seis do Diamond Princess, informou o Ministério da Saúde.

O principal porta-voz do governo disse que o Japão seguirá com os preparativos para sediar as Olimpíadas como planejado, em meio a especulações de que o evento poderia ser adiado por causa da ameaça do coronavírus.

"Continuaremos firmes com nossos preparativos em estreita coordenação com o COI (Comitê Olímpico Internacional) e o comitê organizador", disse o secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva regular.

A abertura dos Jogos Olímpicos está programada para ocorrer em menos de cinco meses e o chefe do COI, Thomas Bach, reiterou na terça-feira seu apoio ao evento, apesar da ameaça do coronavírus, pedindo aos atletas que se preparem a todo vapor.

Ainda assim, há preocupações de que os Jogos possam ser adiados ou mesmo cancelados. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pediu às escolas que fechem este mês, as empresas estão incentivando os funcionários a trabalhar em casa e os eventos esportivos estão sendo cancelados ou disputados em locais vazios.

A ministra da Olimpíada, Seiko Hashimoto, alimentou preocupações sobre adiamento, dizendo na terça-feira que o contrato de Tóquio com o COI "poderia ser interpretado com uma permissão para adiamento" até o final do ano, embora ela tenha reiterado que o governo permanece comprometido com os Jogos a partir de 24 de julho.

Hashimoto também indicou que o final de maio pode ser uma data importante para a tomada de decisões relacionada a um possível cancelamento.

Masa Takaya, porta-voz do comitê organizador de Tóquio 2020, disse nesta quarta-feira que o governo deixou claro seu compromisso com a realização dos Jogos, e que não existe prazo para decidir se haverá uma transferência de datas.

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