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Caso Orlandi: Vaticano encontra ossuários em cemitério

Exumação na última quinta-feira havia revelado tumbas vazias

13 jul 2019 - 13h27
(atualizado às 13h51)
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O Vaticano revelou neste sábado (13) que foram encontrados dois ossuários no cemitério teutônico, local que virou alvo da investigação sobre o paradeiro de Emanuela Orlandi, desaparecida desde 1983, quando tinha 15 anos de idade.

Mulher protesta no Vaticano para cobrar respostas sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi
Mulher protesta no Vaticano para cobrar respostas sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Os túmulos de duas princesas de uma família de nobres alemães foram abertos na última quinta-feira (11), em função de uma suspeita de que os restos mortais de Orlandi estivessem ali, mas ambos estavam completamente vazios.

Após a abertura das sepulturas, o Vaticano realizou averiguações "documentais e logísticas" sobre reformas feitas no cemitério. "Tais inspeções levaram à identificação de dois ossuários", disse neste sábado o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

Segundo o Vaticano, os ossuários foram "imediatamente selados" e enviados para análise. A perícia está marcada para as 9h (horário local) de 20 de julho, mas a suspeita é de que eles contenham os restos mortais que estavam nos dois túmulos vazios.

As reformas em questão ocorreram nas décadas de 1960 e 1970, para ampliação do Pontifício Colégio Teutônico, vizinho ao cemitério - ambos ficam dentro dos muros do Vaticano, ao lado da Basílica de São Pedro.

Já os ossuários estavam debaixo da pavimentação de uma área do colégio e fechados por um alçapão. As análises serão feitas na presença de peritos vaticanos e de representantes nomeados pela família Orlandi.

"Nosso interesse é colaborar ativamente com a magistratura vaticana para entender como aqueles dois túmulos estavam vazios. Se entendermos juntos, melhor", disse a advogada dos Orlandi, Laura Sgrò.

O caso

Emanuela Orlandi desapareceu em 1983, aos 15 anos de idade, enquanto voltava para casa. Ela era filha de um funcionário da Santa Sé, cidadã do Vaticano e residia dentro dos muros do menor país do mundo. Até hoje não se sabe seu paradeiro.

Diversas hipóteses foram consideradas nas últimas décadas, desde crime comum até vingança contra o pai da jovem ou contra o Vaticano. O filme "A verdade está no céu" (2016), de Roberto Faenza, cogita que Orlandi tenha sido sequestrada por mafiosos e jogada em uma betoneira.

Nenhuma das hipóteses, no entanto, foi confirmada pela Justiça. 

Ansa - Brasil   
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