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"Boas palavras" não são suficientes, agência atômica da ONU espera transparência do Irã

2 ago 2022 - 16h00
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O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou nesta terça-feira que "boas palavras" do Irã não são suficientes para satisfazer os inspetores internacionais e que espera que o governo iraniano esteja pronto para ser transparente sobre seu programa nuclear, que está "avançando muito, muito rapidamente".

O diretor da AIEA, Rafael Grossi, falou ao ser perguntado sobre o papel da agência no monitoramento da retomada do acordo nuclear de 2015 com potências globais, sob o qual Teerã conteve seu programa nuclear em troca do alívio em sanções econômicas.

O Irã e os Estados Unidos até agora não conseguiram ressuscitar o acordo e Grossi disse que Teerã precisa conceder acesso "proporcional ao tamanho" de seu programa de enriquecimento de urânio aos inspetores da AIEA, para que a agência possa com credibilidade garantir que ele é pacífico.

"Quando falamos de energia nuclear, apenas boas palavras não bastam. O que você precisa fazer é ser transparente e trabalhar conosco. Estamos prontos e espero que eles também estejam", disse Grossi a jornalistas na ONU.

"Eles têm um programa muito ambicioso que precisa ser verificado de maneira apropriada. O programa está avançando muito, muito rapidamente e não apenas para a frente, mas também para os lados, pois está crescendo em ambição e em capacidade."

O então presidente norte-americano, Donald Trump, renegou o acordo em 2018, retomando duras sanções dos EUA desenvolvidas para afetar as exportações de petróleo do Irã e levando Teerã a abandonar as limitações do acordo cerca de um ano depois.

Na segunda-feira, o diretor da organização de energia nuclear do Irã disse que teria capacidade técnica para produzir uma bomba atômica, mas que não há intenção para isso.

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