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Billy Graham, pregador de milhões e conselheiro de presidentes dos EUA, morre aos 99 anos

21 fev 2018 - 12h35
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O pastor evangélico norte-americano Billy Graham, que aconselhou presidentes e pregou para milhões em todo o mundo, de sua Carolina do Norte natal à comunista Coreia do Norte durante seus 70 anos de púlpito, morreu nesta quarta-feira aos 99 anos de idade, disse um porta-voz.

Pastor evangélico norte-americano Billy Graham, em Nova York 26/06/2005   REUTERS/Keith Bedford
Pastor evangélico norte-americano Billy Graham, em Nova York 26/06/2005 REUTERS/Keith Bedford
Foto: Reuters

Graham faleceu à 8h (horário local) em sua casa em Montreat, na Carolina do Norte, de acordo com Jeremy Blume, porta-voz da Associação Evangélica Billy Graham.   

    Com suas feições duras e seus olhos azuis penetrantes, Graham era uma figura poderosa quando pregava em seu auge, andando pelo palco e brandindo uma Bíblia enquanto declarava Jesus Cristo como a única solução para os problemas da humanidade.   

    De acordo com seu ministério, ele pregou para mais pessoas do que qualquer um na história e alcançou centenas de milhões, fosse pessoalmente, fosse pela televisão ou por transmissões via satélite.

    Graham se tornou o capelão de facto da Casa Branca para vários presidentes dos Estados Unidos, principalmente Richard Nixon. Ele também se reuniu com líderes mundiais e foi o primeiro evangélico conhecido a levar sua mensagem para além da Cortina de Ferro.

    "Ele provavelmente foi o líder religioso dominante de sua era," disse William Martin, autor de "A Prophet With Honor: The Billy Graham Story". "Não mais do que um ou dois papas, talvez uma ou duas outras pessoas, chegaram perto do que ele conquistou".

Graham já não era um conselheiro próximo dos presidentes em seus últimos anos, mas pouco depois do anúncio de sua morte, o presidente Donald Trump disse no Twitter: "O GRANDE Billy Graham está morto. Não havia ninguém como ele! Sua ausência será sentida pelos cristãos e todas religiões. Um homem muito especial ".

    Em uma das raras viagens que fez em seus últimos anos, Graham comemorou seu 95º aniversário em 7 de novembro de 2013 em um hotel de Asheville, na Carolina do Norte, quando cerca de 800 convidados, incluindo Trump, o magnata empresarial Rupert Murdoch e a apresentadora de TV Kathie Lee Gifford, lhe prestaram homenagem.

    A comemoração contou com um vídeo de um sermão que seu filho, Franklin, disse ter sido a última mensagem de Graham à nação. Graham vinha trabalhando há um ano no vídeo, que foi exibido na rede Fox News, e no qual disse que os EUA estão "com muita necessidade de um despertar espiritual".

    No auge, Graham tinha um estilo de fala impactante e veloz que lhe rendeu o apelido de "Metralhadora de Deus". Através de seus "Cruzados por Cristo", o pastor semeou a devoção por todos os EUA, que se tornaria um terreno fértil para o crescimento do movimento político conservador da direita religiosa. 

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