BCE mantém juros inalterados e aponta 'incertezas' globais
Banco não quis se comprometer com trajetórias de queda ou alta
O Banco Central Europeu (BCE) manteve inalteradas as taxas de juros na zona do euro pela terceira reunião seguida, diante da permanência de "incertezas" no cenário global em função de tensões comerciais e geopolíticas.
Com isso, a taxa sobre depósitos continua em 2%; a taxa de refinanciamento, em 2,15%; e a taxa sobre empréstimos marginais, em 2,40%.
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"O Conselho decidiu manter inalteradas as três principais taxas de juros do BCE. A inflação segue próxima da meta de médio prazo de 2%, e a avaliação sobre as perspectivas de inflação permanece praticamente inalterada", diz um comunicado divulgado após a reunião desta quinta-feira (30), realizada em Florença, na Itália.
"A economia continuou a crescer apesar do ambiente global desafiador. O mercado de trabalho robusto, os balanços sólidos do setor privado e os cortes nas taxas de juros promovidos anteriormente permanecem importantes fontes de resiliência. No entanto as perspectivas ainda são incertas, devido principalmente às disputas comerciais globais em curso e às tensões geopolíticas", acrescenta a nota, em referência velada aos tarifaços promovidos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"O Conselho está comprometido a garantir que a inflação se estabilize em sua meta de 2% no médio prazo e adotará uma abordagem baseada em dados para determinar a orientação adequada da política monetária", ressalta o comunicado.
O BCE projeta uma inflação de 2,1% na zona do euro em 2025, de 1,7% em 2026 e de 1,9% em 2027.
