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Autoridade dos EUA que supervisiona investigação sobre Rússia sugeriu gravações secretas de Trump, diz NYT

21 set 2018 - 18h04
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A autoridade dos Estados Unidos que supervisiona a investigação federal sobre o papel da Rússia na eleição presidencial norte-americana de 2016 sugeriu no ano passado gravar secretamente o presidente Donald Trump e recrutar membros do gabinete para invocar a emenda constitucional para removê-lo da Casa Branca, informou o jornal The New York Times nesta sexta-feira.

U.S. President Donald Trump pauses as he speaks at a campaign rally in Las Vegas, Nevada, U.S., September 20, 2018. Picture taken September 20, 2018.  REUTERS/Mike Segar - RC18773BE900
U.S. President Donald Trump pauses as he speaks at a campaign rally in Las Vegas, Nevada, U.S., September 20, 2018. Picture taken September 20, 2018. REUTERS/Mike Segar - RC18773BE900
Foto: Reuters

O vice-secretário de Justiça norte-americano, Rod Rosenstein, fez as sugestões no primeiro semestre de 2017, após Trump demitir o diretor do FBI James Comey, segundo o jornal.

    O NYT informou que Rosenstein disse a autoridades do Departamento de Justiça e do FBI que as gravações secretas poderiam ser usadas para expor o caos do governo após revelações de que Trump pediu para Comey jurar lealdade a ele e também divulgou informações confidenciais para russos no Salão Oval.

    Rosenstein negou a reportagem e classificou como "inexata e factualmente incorreta", segundo comunicado que também culpava fontes anônimas promovendo agendas pessoais.

O jornal informou que suas fontes eram pessoas que foram informadas dos acontecimentos por conta própria ou em memorandos escritos por autoridades do FBI, incluindo Andrew McCabe, que se tornou diretor interino do FBI quando Comey foi demitido.

O advogado de McCabe, Michael Bromwich, disse não ter conhecimento de como seus memorandos ficaram disponíveis.

Após Rosenstein escrever um memorando crítico à maneira que Comey lidou com a investigação dos e-mails da candidata presidencial democrata Hillary Clinton, Trump usou isto como base para demitir Comey. Rosenstein havia dito a pessoas que foi pego de surpresa e que se sentia usado, de acordo como Times.

Conforme teve uma visão de perto das entrevistas de Trump com possíveis substitutos para Comey e foi atacado por seu papel na demissão, segundo o Times, "Rosenstein aparentava estar em conflito, arrependido e emotivo, de acordo com pessoas que falaram com ele na época".

Rosenstein disse a McCabe, que também foi demitido mais tarde por Trump, que poderia ser capaz de persuadir o secretário de Justiça, Jeff Sessions, e John Kelly, ex-secretário de segurança nacional e atual chefe de gabinete da Casa Branca, a invocarem a 25ª Emenda da Constituição dos EUA, que lida com sucessão e incapacidade presidencial.

O Times relatou que nenhuma destas propostas se concretizou.

Rosenstein assumiu supervisão da investigação sobre interferência russa e possível coordenação entre membros da campanha de Trump e Moscou porque Sessions se afastou em março de 2017 da questão, citando seu serviço na campanha. Em maio de 2017, Rosenstein nomeou o procurador especial Robert Mueller para liderar a investigação.

Trump expressou frustração com a investigação sobre a Rússia, criticando o FBI como politicamente motivado e atacou Sessions repetidamente por seu afastamento. Moscou rejeita as conclusões de agências da inteligência dos EUA de que se envolveu na eleição.         

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