PUBLICIDADE

Mundo

Atriz pornô processa advogado de Trump por difamação; Casa Branca rejeita alegação de relacionamento com presidente

26 mar 2018 - 19h12
Compartilhar
Exibir comentários

A atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels está processando o advogado pessoal do presidente Donald Trump, Michael Cohen, por difamação, depois que ele questionou a alegação de que ela teve um encontro sexual com Trump, de acordo com documentos apresentados ao tribunal nesta segunda-feira.

Atriz pornô Stormy Daniels posa em Nova York
 23/2/2018    REUTERS/Eduardo Munoz
Atriz pornô Stormy Daniels posa em Nova York 23/2/2018 REUTERS/Eduardo Munoz
Foto: Reuters

O advogado da atriz disse que "Cohen teve a intenção de dizer que Clifford é uma mentirosa, alguém que não deve ser confiável, e que sua alegação sobre seu relacionamento com Trump é 'algo (que) não é verdade'".

A Casa Branca rejeitou nesta segunda-feira afirmações de Stormy Daniels em uma entrevista muito assistida na qual ela disse ter sido ameaçada com violência para ficar em silêncio por conta de um suposto encontro sexual com Trump em 2006.

   O porta-voz da Casa Branca Raj Shah disse em entrevista coletiva diária que "o presidente não acredita que qualquer uma das alegações que a sra. Daniels fez na entrevista na noite passada sejam precisas".

    Shah, perguntando se Trump acredita que Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, foi ameaçada, disse: "Não, ele não acredita".

    "Não há nada para corroborar a reivindicação dela", disse o porta-voz.

Ele afirmou que Trump havia "consistentemente negado estas acusações" de um relacionamento sexual com Daniels.

    A aparição televisiva de Daniels, que está processando Trump pela questão, também gerou uma negação do advogado pessoal do presidente, Cohen, de que o advogado estava envolvido na suposta ameaça contra Daniels.

    Uma cópia de carta enviada para o advogado de Daniels, Michael Avenatti, pelo advogado de Cohen, Brent Blakely, foi vista pela Reuters nesta segunda-feira.

    "O sr. Cohen não teve absolutamente nada a ver com tal pessoa ou incidente, e não acredita que tal pessoa exista, ou que tal incidente tenha ocorrido", dizia a carta.

    Daniels havia insinuado que Cohen estava por trás da ameaça caso não "deixasse Trump em paz". Ela disse que a ameaça foi feita por um estranho em um estacionamento em Las Vegas em 2011.

    A carta também exigia "que você se retrate imediatamente e peça desculpas ao sr. Cohen através da mídia nacional por suas afirmações difamatórias no '60 Minutes', e esclareça que você não possui fatos ou evidências para apoiar suas acusações".

    Daniels processou Trump em 6 de março, dizendo que ele nunca assinou um acordo para que ela ficasse em silêncio sobre um relacionamento "íntimo" entre eles em 2006.

    O advogado de Daniels, Avenatti, disse à NBC na manhã desta segunda-feira que o homem que havia ameaçado sua cliente enquanto ela estava com sua filha pequena não foi Cohen, mas que "tinha que ser alguém relacionado ao Sr. Trump ou ao Sr. Cohen".

    A entrevista de domingo gerou a maior audiência em anos para o programa de notícias "60 Minutes", informou a emissora CBS.

O número de norte-americanos que assistiu ao programa mais que dobrou para 21,3 milhões, informou a CBS, registrando um aumento de 111 por cento em relação ao programa da semana passada. Foi a maior audiência do "60 Minutes" desde uma entrevista pós-eleição com Barack e Michelle Obama em 16 de novembro de 2008.

O segmento do "60 Minutes" seguiu uma entrevista exibida na semana passada na CNN com a ex-modelo da Playboy Karen McDougal, que descreveu uma relação de 10 meses com Trump a partir de 2006.

Trump estaria casado com sua esposa, Melania, durante os dois supostos relacionamentos.

    Além de ter repetidamente negado que Trump teve relações sexuais com Daniels, a Casa Branca informou que ele nega ter tido um caso com McDougal.

    Cohen disse ter pago 130 mil dólares de seu próprio dinheiro a Daniels durante a campanha presidencial de 2016, mas não explicou o motivo ou se Trump estava ciente do pagamento.

    Em processos judiciais no Departamento de Justiça e na Comissão Eleitoral Federal, grupos monitores disseram que a quantia de pagamento pode ter ultrapassado limites de contribuição de campanha e violado a lei dos EUA.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade