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Mundo

Ataque a hospital de siderúrgica de Mariupol feriu mais de 430

Estrutura temporária já cuidava de 170 feridos da guerra

29 abr 2022 - 12h31
(atualizado às 13h10)
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O prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, acusou nesta sexta-feira (29) os russos de ferirem mais de 430 pessoas durante um ataque contra o hospital de campanha instalado na siderúrgica Azovstal, último reduto ucraniano da cidade sitiada por tropas invasoras desde fevereiro.

Siderúrgica Azovstal é último ponto de resistência ucraniana em Mariupol
Siderúrgica Azovstal é último ponto de resistência ucraniana em Mariupol
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Mais de 600 feridos estão no hospital de campo da empresa Azovstal. Antes que eles bombardeassem o hospital, o número de pacientes era de 170. Mas, agora, são mais de 600", disse ao jornal "Kyiv Independent".

O local foi bombardeado pelo exército russo na quinta-feira (28) e, segundo a milícia de extrema-direita Batalhão de Azov, que luta ao lado dos militares do país na defesa da cidade portuária, havia também mortos na ação militar.

Em entrevista à "CNN", o major Serhiy Volyna, comandante da 36ª Brigada dos Marinheiros da Ucrânia, que está no ponto de resistência, disse que a situação na siderúrgica "é mais do que uma catástrofe humanitária".

Volyna destacou que ainda há centenas de pessoas escondidas na Azovstal, incluindo 60 crianças e adolescentes, sendo o menor um bebê de quatro meses. Após o novo ataque russo, eles ficaram sem equipamentos médicos essenciais e sobra "pouquíssima água e pouca comida".

"Todo o equipamento para operações, tudo o que serve para intervenções cirúrgicas foi destruído. Não podemos mais cuidar dos nossos feridos, especialmente, aqueles com feridas de bombas ou de projéteis. Nós temos os nossos médicos do exército e eles estão usando todas as suas habilidades para cuidar dos feridos, mas temos uma desesperada necessidade de medicamentos", acrescentou à emissora.

O governo ucraniano estaria tentando realizar uma missão de evacuação dos civis e militares ainda no local, mas a situação ainda é bastante perigosa. Há dias os russos não permitem a abertura de corredores humanitários para evacuar as pessoas e nem para a entrada de ajuda humanitária.

Mariupol, uma cidade portuária no Mar de Azov, tinha cerca de 400 mil habitantes antes da guerra. Desde que os ataques começaram, em 24 de fevereiro, cerca de 100 mil cidadãos ficaram presos no local e o governo ucraniano fala em até 20 mil mortes de civis durante esse período.

A localidade teve 90% dos seus prédios e residências completamente destruídos pelos ataques e agora está quase que totalmente controlada pelas tropas russas. .

Ansa - Brasil   
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