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Ásia

Paquistão condena dez à prisão perpétua por ataque a Malala

Malala Yusafzai foi premiada com o Nobel da Paz em 2014. Ela foi atingida por um tiro na cabeça, mas sobreviveu ao ataque

30 abr 2015 - 08h51
(atualizado às 10h01)
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Ganhadora do Nobel da Paz Malala Yousafzai posa com medalha e diploma da premiação em Oslo
Ganhadora do Nobel da Paz Malala Yousafzai posa com medalha e diploma da premiação em Oslo
Foto: Suzanne Plunkett / Reuters

Um tribunal antiterrorista paquistanês condenou nesta quinta-feira à prisão perpétua 10 homens por tentativa de assassinato em 2012 contra Malala, a jovem que foi premiada com o Nobel da Paz ano passado.

Em outubro de 2012, a jovem militante pelo direito à educação foi alvo de um atentado dos talibãs paquistaneses do TTP quando retornava da escola em sua cidade natal de Mingora, na região noroeste do Paquistão.

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Em setembro do ano passado, o exército paquistanês anunciou a detenção de dez suspeitos, que foram julgados por um tribunal antiterrorista local. "Os dez homens envolvidos no ataque a Malala Yusafzai foram condenados à prisão perpétua", afirmou à AFP uma fonte do tribunal antiterrorista de Mingora, onde foi lida a sentença do juiz Mohamad Amin Kundi.

"Cada um deles recebeu uma pena de 25 anos de prisão", o que equivale à prisão perpétua no direito paquistanês, informou outra fonte, que pediu anonimato por temer represálias dos talibãs.

As autoridades de Islamabad afirmam que o homem suspeito de ser o autor do disparo contra Malala, identificado como Ataullah Khan, estaria foragido no Afeganistão, junto com o líder talibã paquistanês, Mulá Fazlullah, que ordenou o ataque.

Jovem ficou seis dias em coma após o ataque
Jovem ficou seis dias em coma após o ataque
Foto: BBCBrasil.com

No dia 9 de outubro de 2012, vários jihadistas do TTP invadiram o ônibus escolar no qual a jovem retornava para casa em Mingora e um deles perguntou "Quem é Malala?", antes de atirar à queima-roupa contra a cabeça da adolescente.

Por milagre, o tiro não matou a jovem. Em estado de coma, Malala foi levada para um hospital de Birmingham, na Grã-Bretanha, onde recuperou a consciência seis dias depois.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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