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Ásia

Políticos indianos defendem a forca para mulheres estupradas

Líderes políticos afirmaram que mulheres solteiras ou casadas que têm relações sexuais com outros homens devem morrer, mesmo que tenham sido violentadas

12 abr 2014 - 16h22
(atualizado às 16h34)
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 Abu Azmi defendeu que mulheres que mantêm relações sexuais antes do casamento  mesmo se for caso de estupro  devem ser enforcadas
Abu Azmi defendeu que mulheres que mantêm relações sexuais antes do casamento mesmo se for caso de estupro devem ser enforcadas
Foto: AFP

Uma declaração de um dos chefes do Partido Socialista Maharashtra da Índia, Abu Azmi, teve repercussão internacional: ele defendeu que mulheres que mantêm relações sexuais antes do casamento – mesmo se for caso de estupro – devem ser enforcadas.

“Qualquer mulher, casada ou solteira, deve ser morta se se deitar com um homem, com ou sem consentimento”, defendeu.

O filho de Azmi, o também político e candidato ao governo de Mumbai, pediu desculpas pelas declarações do pai, segundo o The Independent. “Eu acredito que estupradores deveriam ser enforcados centenas de vezes. Tenho cinco irmãs e todos na minha família pensam o mesmo”, retratou.

Alguns políticos condenaram a posição “insensível e vergonhosa” dos político. Susieben Shan, da Comissão para Mulheres de Maharashtra pediu uma retratação pessoal de Azmi e convidou a todas as mulheres da Índia a sair de casa e votar em líderes que defendam e lutem pela dignidade feminina. 

As eleições na Índia

Na mesma linha de pensamento de Azmi, o líder do Partido Socialista da Índia (Samajwadi), Mulayam Singh Yadav, disse que iria descartar a lei que começa a ser preparada no país que condena homens estupradores. As informações são do The Telegraph.

Segundo ele, a condenação não deveria acontecer porque é comum que “meninos errem”. 

A declaração de Yadav veio depois dos recentes casos em Mumbai, em que três homens foram condenados à morte por dois casos de estupro em grupo. Ainda no mesmo discurso, ele teria culpado as mulheres vítimas de estupro de provocarem o crime.

Pai do primeiro-ministro de Uttar Pradesh, o líder do Samajwadi voltou atrás em sua declaração e disse que “é contra estupro e que criminosos devem ser punidos severamente”.

Fonte: Terra
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