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Ásia

Sobe para 14 o número de mortos na Índia neste sábado

Maoístas provocaram duas explosões, que atingiram um ônibus e uma ambulância; rebeldes convocaram boicote às eleições

12 abr 2014 - 13h03
(atualizado às 13h04)
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Homem atingido por bomba neste sábado é levado ao hospital em Chhattinsgarh, Índia. Ataques mataram 14 pessoas neste final de semana
Homem atingido por bomba neste sábado é levado ao hospital em Chhattinsgarh, Índia. Ataques mataram 14 pessoas neste final de semana
Foto: Reuters

Rebeldes maoístas (maoísmo é a corrente do comunismo baseada nos ensinamentos de Mao Tse Tung) mataram 14 pessoas neste sábado em duas explosões em uma região do centro da Índia, durante a realização das eleições legislativas, informou a polícia.

Os atentados foram mais mortais desde o início da votação, na segunda-feira. As eleições vão até 12 de maio.

Sete funcionários de uma zona eleitoral morreram quando maoístas explodiram seu ônibus, em Chhattisgarh, de acordo com o oficial de polícia Gurjinder Pal Singh contou à AFP. Cinco pessoas ficaram feridas.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/india-eleicoes-2014/" href="http://noticias.terra.com.br/mundo/india-eleicoes-2014/">veja o infográfico</a>

Outra explosão matou cinco seguranças, que transportavam uma urna eleitoral em uma ambulância. O motorista da ambulância e um médico também foram mortos no ataque. Quatro homens ficaram feridos, dois deles em estado grave.

Muitos atentados visam ambulâncias, porque as forças de segurança usam esses veículos para chamar menos atenção.

Singh destacou que, nesse caso, a ambulância só foi usada porque não estava transportando nenhum paciente.

Os ataques, com um intervalo de menos de 1 hora, aconteceram dias depois de maoístas matarem, no mesmo estado, três soldados que protegiam uma zona eleitoral.

Já no primeiro dia da votação, uma explosão matou dois policiais na região norte da Índia. Os agentes morreram na explosão de uma bomba que eles tentavam desativar no distrito de Aurangabad, a 150 km da capital do estado de Bihar, Patna.

As mortes chamam a atenção para as dificuldades na organização da segurança nas eleições na Índia. Insurgentes separatistas e maoístas tem grande presença nas regiões Norte e Central do país.

O partido oposicionista Partido do Povo Indiano (BJP) é considerado o favorito nas eleições, depois de uma década do Partido do Congresso no poder.

Esta é a maior maior eleição da história do país, já que 814 milhões de pessoas - 100 milhões a mais do que há cinco anos - poderão votar, em cerca de 1 milhão de colégios eleitorais, ao longo de seis semanas. Mais da metade da população tem menos de 25 anos.

A votação é divida em etapas para facilitar o trabalho das equipes de segurança. Não haverá votação em Chhattisgarh neste sábado: a votação começou no dia 10 de abril, e dois outros turnos ocorrerão nos dia 17 e 24.

A votação vai durar até 12 de maio. Os resultados serão divulgados em 16 de maio.

Os maoístas convocaram um boicote das eleições.

Rebeldes maoístas, que mataram 16 pessoas em um ataque em março, foram descritos pelo primeiro-ministro Manmohan Singh como a maior ameaça à segurança interna. Eles combatem o governo desde 1967, para substituir a sociedade considera "semi-colonial, semi-feudal" por um regime comunista.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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