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Ásia

China acusa EUA de realizarem "espionagem sem escrúpulos"

27 mai 2014 - 01h49
(atualizado às 01h49)
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A China acusou os Estados Unidos de realizarem "uma campanha de espionagem sem escrúpulos" e os culpam por "ataques informáticos em grande escala" contra o governo e as empresas chinesas.

Segundo relatório do Centro de Investigações da internet da China publicado na segunda-feira, os Estados Unidos "estão se aproveitando de sua hegemonia política, econômica, militar e tecnológica para espionar sem nenhum tipo de restrição outros países, incluindo a seus aliados".

O documento citou vários artigos de jornais e revistas da Europa e dos EUA baseados nos vazamentos do ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, assim como dados próprios do governo chinês, para criticar Washington.

"As operações de espionagem dos EUA foram muito além do limite legal e racional contra o terrorismo e mostraram sua face mais repulsiva: a busca do interesse próprio, mesmo que isto suponha um total desprezo pela integridade moral", afirmou o documento.

O relatório, intitulado "Vigilância sobre a espionagem dos Estados Unidos" saiu uma semana depois de Washington acusar cinco oficiais do Exército de Libertação Popular (ELP) de realizar operações de espionagem industrial contra empresas americanas.

O relatório chinês acrescentou que a espionagem "descumpriu de forma flagrante as leis internacionais, incidiu nos direitos humanos e ameaçou a segurança mundial" e detalha que China foi um dos principais alvos das práticas da NSA.

Citando os vazamentos de Snowden, o órgão garantiu que a vigilância americano teve como alvo o governo chinês e seus líderes, empresas estratégicas, centros de pesquisa científica, universidades e usuários comunss da internet e de telefones celulares.

E especificou que os principais afetados foram os gigantes de telecomunicações Huawei e Tencent, o Ministério de Comércio e o de Relações Exteriores.

"As operações americanas de espionagem penetraram por todos os cantos da China", acusou o documento, que exigiu que os Estados Unidos "deem explicações sobre as práticas de espionagem em massa e que parem as operações que signifiquem uma infração grave aos direitos humanos".

Após a ordem de detenção contra cinco militares chineses, a República Popular decidiu suspender as atividades do Grupo de Trabalho Cibernético Chinês-Americano.

O Ministério das Relações Exteriores chinês acrescentou então que a decisão "põe em perigo a cooperação entre China e Estados Unidos, assim como a confiança mútua".

EFE   
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