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Após primeiro debate caótico, Trump e Biden fazem campanha em Estados cruciais

30 set 2020 - 09h27
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu adversário democrata, Joe Biden, farão campanha nesta quarta-feira em Estados que desempenharão um papel crucial na eleição de novembro, após um debate caótico na véspera, marcado por interrupções e recriminações.

Presidente dos EUA, Donald Trump, e candidato democrata Joe Biden participam do primeiro debate na corrida presidencial de 2020
29/09/2020
REUTERS/Jonathan Ernst
Presidente dos EUA, Donald Trump, e candidato democrata Joe Biden participam do primeiro debate na corrida presidencial de 2020 29/09/2020 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

Trump desdenhou uma oportunidade de repudiar supremacistas brancos e mais uma vez se recusou a dizer se aceitará os resultados da eleição no primeiro debate de 2020, na noite de terça-feira, dois momentos que podem dar mais munição a Biden.

O primeiro dos três embates televisionados representou uma das últimas chances para Trump alterar a trajetória de uma corrida que a maioria das pesquisas de opinião o mostra perdendo, já que a maioria da população desaprova a maneira como ele trata tanto a pandemia do coronavírus quanto os protestos contra a injustiça racial.

O republicano Trump, de 74 anos, passará o dia em Minnesota - um dos poucos Estados que votaram nos democratas em 2016 na mira de sua campanha - com um evento de arrecadação de tarde antes de um comício em Duluth.

Biden, de 77 anos, e sua esposa, Jill, embarcarão em uma turnê de trem de quatro dias através de meia dúzia de cidades do leste de Ohio e do oeste da Pensilvânia, inclusive condados que Trump conquistou quatro anos atrás graças à força dos eleitores brancos da classe trabalhadora.

A Pensilvânia, que elegeu Trump com uma margem pequena em 2016, é vista por muitos estrategistas como o mais crucial dos seis Estados mais competitivos que provavelmente decidirão o desfecho da eleição - os outros são Arizona, Flórida, Michigan, Carolina do Norte e Wisconsin. A pesquisa Reuters/Ipsos mais recente na Pensilvânia apontou uma vantagem pequena de Biden.

Ohio, onde Trump venceu por oito pontos percentuais ao derrotar a democrata Hillary Clinton quatro anos atrás, é um dos Estados de inclinação republicana que Biden espera colocar no páreo em novembro.

Não parece provável que o debate de terça-feira, que várias vezes degenerou nas interjeições constantes de Trump e nas réplicas irritadas de Biden, tenha alterado significativamente a dinâmica da campanha.

Biden vem mantendo uma vantagem modesta, mas constante, em pesquisas de opinião nacionais há meses em meio à pandemia de coronavírus, mas sondagens nos Estados pêndulos mostram uma disputa muito mais acirrada.

Faltando menos de cinco semanas para a eleição de 3 de novembro, o debate representou uma das últimas chances para Trump reformular os termos da disputa. Mais de 1,3 milhão de norte-americanos de 15 Estados já votaram antecipadamente, de acordo com o Projeto Eleições dos EUA da Universidade da Flórida.

Nas últimas semanas, a campanha foi transtornada por grandes acontecimentos, como a morte de Ruth Bader Ginsburg, juíza progressista da Suprema Corte, a indicação de Trump da juíza conservadora Amy Coney Barrett para sua vaga e uma reportagem impactante do jornal New York Times segundo a qual Trump praticamente não pagou Imposto de Renda na maior parte das últimas duas décadas.

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