'Apenas o começo', diz Netanyahu sobre ataques a Gaza durante a madrugada
Premiê prometeu que os militares vão agir contra o Hamas 'com intensidade crescente' para libertar todos os reféns e eliminar os extremistas
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que os ataques na Faixa de Gaza são 'apenas o começo' e justificou a ofensiva contra o Hamas para libertar reféns. O ministro Gideon Saar disse que o cessar-fogo foi rompido devido à recusa do Hamas em estender negociações.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques realizados pelo exército israelense na Faixa de Gaza durante a madrugada desta terça-feira, 18, foram "apenas o começo" e que "negociações só ocorrerão sob fogo".
Em pronunciamento, ele prometeu que os militares vão agir contra o Hamas "com intensidade crescente" para libertar todos os reféns e eliminar o grupo extremista.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ao menos 400 pessoas morreram nos ataques ocorridos em ao menos seis pontos diferentes do território palestino — Rafah, Khan Younis, al-Mwasi, Deir el-Balah, na Cidade de Gaza e no Norte de Gaza. Mulheres e crianças estão entre as vítimas.
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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, justificou que o país "não teve alternativa" ao quebrar o cessar-fogo, iniciado em 19 de fevereiro. Ele afirmou que o Hamas teria rejeitado propostas americanas para estender o cessar-fogo, mas não explicou no que consistiam essas propostas.
Saar disse ainda que os ataques são "focados em terroristas", o que contradiz os dados palestinos. De acordo com os dados mais recentes divulgados pela Al Jazeera, ao menos 61.709 palestinos foram mortos em Gaza desde o início da guerra, incluindo mais de 17 mil crianças.
Em entrevista à emissora Fox News nesta terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos sabiam que Israel retomaria sua ofensiva na Faixa de Gaza e disse que o gabinete de Netanyahu consultou os aliados antes de dar fim ao cessar-fogo. O governo Trump também culpa o Hamas pelo ataque e sinalizou que irá apoiar os próximos passos de Israel.
"O grupo terrorista [Hamas] se recusou a aceitar as propostas de negociação, inclusive para ampliar um cessar-fogo para que haja um acordo permanente", pontuou a delegação dos Estados Unidos na ONU em declaração no Conselho de Segurança da entidade. "São os membros do Hamas que usam a população como escudo.”