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Angela Merkel deixa poder após 16 anos e agradece confiança

A chanceler se despediu nesta quinta (1) em evento no Ministério da Defesa em Berlim, realizado pelas forças armadas alemãs.

2 dez 2021 - 16h53
(atualizado às 17h40)
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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Durante cerimônia de despedida como chanceler da Alemanha, Angela Merkel agradeceu nesta quinta-feira (2) pela confiança recebida ao longo dos últimos 16 anos em que esteve no poder.

"Hoje sinto acima de tudo gratidão e humildade perante ao cargo que há tanto tempo exerço", afirmou ela no evento em andamento no Ministério da Defesa em Berlim.

Em seu discurso, Merkel explicou que ficou "grata pela confiança recebida", pois "a confiança é o capital mais importante da política" e fez um pedido especial a todos.

"Gostaria de encorajá-los a sempre olhar o mundo com os olhos dos outros", pediu a chanceler, lembrando também as "difíceis condições da pandemia".

As declarações foram dadas durante a despedida realizada pelas forças armadas alemãs, na qual uma banda formada por militares toca três músicas indicadas pela autoridade.

Merkel, fã de música clássica, escolheu "Für mich soll's rote Rosen regnen" ("Deve chover rosas vermelhas para mim"), da cantora Ildegard Knef; "Großer Gott, wir loben Dich" ("Grande Deus, nós te louvamos"), peça instrumental do século 18 e popular na Alemanha; e "Du hast den Farbfilm vergessen", da banda Nina Hagen & Automobil - considerada uma surpresa.

De acordo com a imprensa alemã, a chanceler ainda lembrou de todos que estão enfrentando a quarta onda da pandemia com "todas as suas forças", "que dão tudo para salvar e proteger vidas", como "os médicos, as enfermeiras nos hospitais, as equipes de vacinação, os ajudantes nas forças armadas e nas organizações humanitárias".

Além disso, a política fez um apelo à defesa da democracia contra o ódio, a violência e a desinformação, porque "sempre que o conhecimento científico é negado, as teorias da conspiração e a agitação se espalham, as contradições devem ser ouvidas".

"Nossa democracia também vive do fato de que, onde quer que o ódio e a violência sejam vistos como meios legítimos de buscar nossos próprios interesses, nossa tolerância como democratas tem que encontrar seu limite", ressaltou ela.

Por fim, Merkel desejou ao seu substituto, o líder social-democrata e atual vice-chanceler alemão, Olaf Scholz, "boa sorte".

Ansa - Brasil   
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