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América Latina

Presidentes apoiam reivindicação argentina sobre Malvinas

23 fev 2010 - 17h10
(atualizado às 18h00)
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Os 32 países da América Latina e do Caribe reunidos na Cúpula do Grupo do Rio, no México, aprovaram nesta terça-feira por unanimidade a reivindicação da Argentina pela soberania sobre as ilhas Malvinas (Falkland), em cujas águas uma companhia britânica começou a explorar hidrocarbonetos.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, posa para foto ao lado do presidente do México, Felipe Calderón
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, posa para foto ao lado do presidente do México, Felipe Calderón
Foto: EFE

Segundo um comunicado da Chancelaria argentina, o país "obteve o apoio unânime dos 32 países dos América latina e do Caribe ao aprovar sem objeções" a declaração sobre o assunto e um comunicado especial sobre a prospecção de hidrocarbonetos na plataforma continental do Atlântico Sul.

O ministro das Relações Exteriores argentino, Jorge Taiana, disse que seu país conseguiu "um importante respaldo diplomático" ao ampliar e aprofundar a reivindicação pela soberania sobre as Malvinas, que estão nas mãos do Reino Unido desde 1833 e foram motivo de guerra entre os dois países em 1982.

"Isto ratifica claramente que as nações da região valorizam a presença da Argentina e reconhecem sua inserção significativa em toda a América", afirmou o ministro, segundo o comunicado.

A Declaração do Grupo do Rio sobre a "Questão das Ilhas Malvinas" expressa o apoio dos chefes de Estado da região "aos legítimos direitos" da Argentina na disputa com o Reino Unido pela soberania sobre o arquipélago.

Os líderes pedem que os Governos dos dois países "retomem as negociações a fim de encontrar o mais rapidamente possível uma solução justa, pacífica e definitiva na disputa pela soberania sobre as ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e seus espaços marítimos circundantes, em conformidade com as resoluções e declarações pertinentes das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos".

Segundo a declaração, os líderes "expressam, além disso, em relação ao Tratado de Lisboa, que modifica o tratado da União Europeia (UE) e o Tratado Constitutivo da Comunidade Europeia, que a inclusão das ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul no regime de "Associação dos Países e Territórios de Ultramar" é incompatível com os legítimos direitos" da Argentina e com a "existência de uma disputa pela soberania sobre estes arquipélagos".

O comunicado especial aprovado pelos presidentes sobre a prospecção de hidrocarbonetos na plataforma continental, iniciada nesta semana pelos britânicos, aponta que os líderes lembraram a resolução das Nações Unidas. A ONU pediu às duas partes para que se abstenham de adotar decisões que levem à introdução de modificações unilaterais na situação das ilhas.

Neste mês, a Argentina apresentou uma nota de protesto ao Governo britânico após a chegada de uma plataforma petrolífera a uma área da plataforma continental argentina, localizada a cerca de 100 milhas náuticas ao norte das ilhas Malvinas, para iniciar trabalhos de prospecção.

EFE   
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