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América Latina

Pentágono afirma que programa nuclear iraniano foi "devastado" e detalha a operação militar no país

Os ataques sem precedentes realizados pelos Estados Unidos contra o Irã neste domingo (22) "devastaram" o programa nuclear iraniano, avaliou o Pentágono, especificando que a ofensiva não visava uma mudança de "regime". Já Teerã acusa Washington de ter cruzado uma "linha vermelha".

22 jun 2025 - 11h19
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O chefe do Pentágono declarou neste domingo que os ataques ordenados pelo presidente Donald Trump "devastaram" o programa nuclear do Irã, apelando aos líderes iranianos para seguirem o caminho da paz para evitar novos bombardeios.  "Devastamos o programa nuclear do Irã", declarou o secretário de Defesa, Pete Hegseth, em entrevista coletiva no Pentágono. Ele acrescentou que a operação "não teve como alvo tropas ou iranianos". Trump "busca a paz, e o Irã deve seguir esse caminho", reiterou Hegseth. O militar ainda especificou que os Estados Unidos utilizaram sete bombardeiros furtivos B-2 para realizar os ataques. Estas são as únicas aeronaves capazes de lançar bombas destruidoras de bunkers GBU-57, bombas de 13 toneladas que podem penetrar até 60 metros de profundidade antes de explodir. Israel não possui esse tipo de arma. O exército israelense anunciou que estava "verificando" os resultados do bombardeio nas instalações nucleares de Fordo, profundamente enterradas. Na noite de sábado (21), Donald Trump anunciou que os Estados Unidos haviam realizado um ataque "altamente bem-sucedido" a três instalações nucleares iranianas, incluindo o lançamento de uma "carga completa de bombas" na instalação de Fordo. Neste domingo, o vice-presidente americano J.D. Vance disse que EUA "não estão em guerra contra o Irã". Ele acrescentou que os ataques dos EUA "atrasaram significativamente" o programa nuclear iraniano. Conflito longo Os Estados Unidos estão em desacordo com a República Islâmica do Irã há quase meio século, mas o conflito permaneceu disfarçado por tentativas de dar uma chance à diplomacia, muitas vezes com relutância. Com a ordem do presidente Donald Trump de atacar as instalações nucleares do Irã, os EUA, assim como Israel, trouxeram o conflito à tona, e as consequências são incertas. "Só saberemos se foi bem-sucedido se conseguirmos passar os próximos três a cinco anos sem que o regime iraniano adquira armas nucleares", estima Kenneth Pollack, ex-analista da CIA e membro da direção do Instituto do Oriente Médio.  A inteligência americana não concluiu que o Irã estava construindo uma bomba nuclear. Os avanços nucleares de Teerã eram amplamente vistos como uma forma de pressão, e o país pode ter tomado precauções a possíveis ataques. Trita Parsi, crítico ferrenho da ação militar, acredita que Trump "tornou mais provável que o Irã se torne um Estado com armas nucleares nos próximos cinco a dez anos". "Devemos ter cuidado para não confundir sucesso tático com sucesso estratégico", disse Parsi, vice-presidente executivo do Quincy Institute for Responsible Statecraft. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parabenizou Trump por criar um "ponto de virada histórico" que poderia "ajudar a conduzir o Oriente Médio" rumo à paz. Até agora, os Estados Unidos haviam se limitado a fornecer ajuda defensiva a Israel. O Irã, que nega a construção de armas nucleares e defende o seu direito a um programa nuclear civil, retaliou a operação americana enviando drones e mísseis balísticos contra Israel, a maioria dos quais foram interceptados pelos sistemas de defesa israelenses. Do lado iraniano, a guerra deixou mais de 400 mortos e 3.056 feridos, a maioria civis, segundo dados oficiais. Ataques de mísseis iranianos contra Israel mataram 25 pessoas, segundo autoridades israelenses. A França anunciou que organizaria voos no domingo e na segunda-feira para repatriar cidadãos franceses de Israel. (Com AFP)

O comandante do Estado-Maior, general Dan Caine, fala durante uma entrevista coletiva no Pentágono, em Washington, domingo, 22 de junho de 2025, depois que os militares dos EUA atacaram três locais no Irã.
O comandante do Estado-Maior, general Dan Caine, fala durante uma entrevista coletiva no Pentágono, em Washington, domingo, 22 de junho de 2025, depois que os militares dos EUA atacaram três locais no Irã.
Foto: © Alex Brandon / AP / RFI
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