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América Latina

Oposição venezuelana denuncia perseguições e prisões

20 abr 2013 - 19h04
(atualizado às 19h10)
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Um total de 242 manifestantes foram presos, 70 deles, torturados, e uma centena de funcionários públicos sofreram perseguição esta semana na Venezuela, durante protestos contra o governo chavista, afirmou neste sábado uma deputada opositora.

Os manifestantes foram detidos pelos crimes de "porte ilícito de panelas, associação ilícita, rebelião, obstrução de via pública e terrorismo", disse Delsa Solórzano, da coalizão opositora, em entrevista coletiva.

"Não sabíamos que ter uma panela e uma colher é considerado terrorismo", disse a deputada, citando 91 prisões em Carabobo (noroeste), "incluindo de menores de idade", 44 em Barinas (oeste), 70 em Lara (noroeste), 35 em Monagas (nordeste) e duas em Sucre (nordeste), sendo que a maioria dos manifestantes foi libertada pouco depois.

Os detidos em Lara "foram torturados", afirmou a líder opositora, que disse ter recebido "uma centena de denúncias de funcionários públicos que foram perseguidos, ameaçados ou demitidos por motivo político".

"Estes fatos estão ocorrendo desde 15 de abril, momento em que se anunciou a operação limpeza, através da qual seriam demitidos os funcionários públicos sobre os quais pesasse alguma suspeita de não terem votado em Nicolás Maduro", assinalou.

Depois que o candidato opositor Henrique Capriles recusou-se a reconhecer a vitória de Maduro nas eleições presidenciais, os venezuelanos passaram a se manifestar com panelaços realizados à noite em suas casas. Além disso, protestos realizados na última segunda-feira deixaram oito mortos e mais de 60 feridos, segundo cifras oficiais.

O governo responsabilizou a oposição pelas vítimas do clima político, e anunciou que tomará medidas judiciais.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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