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América Latina

Morales diz que se não fosse presidente, o papa não teria falado sobre o mar

26 jul 2015 - 20h44
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O presidente Evo Morales afirmou neste domingo que se ele não fosse Chefe de Estado da Bolívia, o papa Francisco não teria se referido à reivindicação marítima de seu país ao Chile, em alusão a declarações do pontífice sobre o tema.

Morales falou nesses termos ao pedir em discurso aos camponeses da cidade de Puna, na região andina de Potosí, que reflitam sobre o fato de que é presidente pela luta dos movimentos sociais.

"Portanto, se não houvesse Evo Presidente, não haveria (Rali) Dacar (2014-2015), não haveria (a cúpula do) G77 + China, não haveria (visita) do papa que vem carregada de mar para a Bolívia", acrescentou o líder, que governa o país desde 2006.

Segundo Morales, as palavras de Francisco sobre a controvérsia entre Bolívia e Chile são um apoio ao país andino na reivindicação marítima.

O papa Francisco afirmou há duas semanas que "não é injusto" que a Bolívia reivindique uma saída ao mar e que uma mediação papal seria um "último passo", durante sua viagem de retorno ao Vaticano, após concluir uma visita ao Equador, Bolívia e Paraguai.

Durante sua visita a La Paz, Francisco também pediu que seja usado um diálogo "franco e aberto" para "evitar conflitos com os países irmãos", e citou a reivindicação boliviana de saída ao mar.

A Bolívia apresentou em 2013 um requerimento perante a CIJ para pedir uma decisão que obrigue o Chile a negociar de boa fé definitivamente a centenária reivindicação boliviana de uma restituição do acesso ao Pacífico que foi perdida em uma guerra no século XIX.

Nessa disputa contra o Chile, a Bolívia perdeu 400 quilômetros de costa e 120 mil quilômetros quadrados de território.

O governo chileno questionou a competência da CIJ e rejeita a reivindicação boliviana com o argumento de que os limites ficaram selados em um tratado assinado em 1904.

O líder boliviano sempre destacou, além disso, como conquistas de seu Governo o fato de que o Rali Dacar tenha atravessado seu país em 2014 e 2015 e planificou fazer isso em 2016, mas também a realização em junho de 2014 da Cúpula do G77 + China.

EFE   
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