Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Missão brasileira em Washington tenta frear tarifaço de Trump

Comitiva com mais de 130 empresários liderada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) está na capital americana

4 set 2025 - 06h27
(atualizado às 08h22)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Comitiva brasileira liderada pela CNI está em Washington para reverter tarifas impostas por Donald Trump, destacando alinhamento com normas comerciais e enfrentando desafios políticos.
Reunião pré-audência no USTR com o presidente da CNI com Ricardo Alban, e o consultor da CNI, emabixador ROberto Azevêdo
Reunião pré-audência no USTR com o presidente da CNI com Ricardo Alban, e o consultor da CNI, emabixador ROberto Azevêdo
Foto: © CNI / RFI

Uma comitiva com mais de 130 empresários liderada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) está na capital americana para tentar reverter ou reduzir as tarifas impostas aos produtos brasileiros pelo governo de Donald Trump. Nesta quarta-feira (3), a missão foi ao Capitólio e participou de audiência pública para defender o Brasil de práticas comerciais ilegais e abusivas.

Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles

A sessão aconteceu no Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês). O embaixador Roberto Azevêdo, consultor da CNI, foi quem defendeu a indústria brasileira.

Azevêdo destacou que o Brasil não adota práticas que possam levar a prejuízos das empresas americanas. A contestação veio em resposta ao pedido de Donald Trump de abrir investigação contra o Brasil sob a alegação de que o país comete "práticas comerciais desleais", e tem base na seção 301 da Lei de Comércio de 1974, que apura práticas estrangeiras que impactem no comércio americano.

"Ao contrário, muitas das empresas americanas se beneficiaram das políticas brasileiras", afirmou Azevêdo.

PIX e Etanol

A discussão e as interrogações trouxeram questionamentos "sobre o etanol brasileiro, com foco na parte de meio ambiente e também sobre a segurança do PIX", contou à RFI o vice-presidente do grupo Stefanini, Ailtom Nascimento. Segundo ele, Brasil terá mais sete dias para revisar e acrescentar informações que possam defender o país nessa investigação.

"Acho que a gente vai conseguir fazer um ótimo trabalho para demonstrar para o governo norte-americano que nós estamos alinhados com a ação 301 e não estamos tão frágeis com relação aos nossos controles e inspeções. Temos regras bem estabelecidas, que seguimos, e acho que essas regras estão bem de acordo com o que é solicitado na seção 301", falou Nascimento.

O problema é político

Já o presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que, no Capitólio, parte da missão esteve nos gabinetes de congressistas republicanos, do partido de Donald Trump, e foi recebida pelo vice-secretário de Estado do governo, Christopher Landau. Nos encontros, foi destacado que o problema com o Brasil hoje é de ordem política.

"Esse aspecto político precisa ser vencido. O que estamos fazendo aqui é tentar abrir um caminho para que a racionalidade e uma conversa na mesa possam prevalecer, que seja viável, o mais ágil possível com entendimentos de ordem política que possam ser discutidos de forma cabível", disse o presidente da CNI.

Os encontros bilaterais com empresários e políticos americanos continuam nesta quinta-feira (4).

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade