Maduro inaugura mausoléu que abrigará restos mortais de Simón Bolívar
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, inaugurou nesta terça-feira o mausoléu que armazenará os restos mortais de Simón Bolívar, uma estrutura que foi construída no centro de Caracas a pedido do falecido governante Hugo Chávez.
"Foi muito oportuno ter vindo aqui nesta noite e sentido a energia do fundador de tudo, do criador e do libertador da pátria. Aqui estão seus restos", afirmou Maduro no ato de inauguração em frente ao sarcófago de Bolívar.
O presidente venezuelano também ressaltou que hoje se pode dizer "com absoluta segurança" e "graças à tarefa histórica de pesquisa" que os restos que são honrados "são exatamente" os do Libertador.
A construção do mausoléu de Bolívar, que se estendeu por dois anos e tem uma capacidade receber 1,5 mil pessoas, foi realizada por uma ordem de Chávez, que morreu no último dia 5 de março, mas que, em vida, mostrava verdadeira devoção pelo chamado "Libertador da pátria".
Durante o mandato de Chávez, o nome do país passou de "república da Venezuela" para "República Bolivariana da Venezuela", já que o Libertador da revolução também defendia o uso do termo "bolivariana".
Além disso, foi a partir de uma ordem de Chávez que uma equipe de legista exumou os restos de Bolívar em julho de 2010 para apurar se correspondia efetivamente ao herói independentista e também para conhecer as causas de sua morte, a principio tida por tuberculose.
No entanto, as causas da morte de Bolivar, que Chávez insistia ser envenenamento, não puderam ser comprovadas, mesmo como uma exaustiva análise. Mais tarde, em meados de 2012, Chávez mostrou um retrato digitalizado do herói realizado após dois anos de análise científica que, segundo o então presidente, mostrava o "rosto verdadeiro" do herói nacional.
Bolívar contribuiu de maneira decisiva para independência dos territórios que atualmente ocupam Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela.
