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América Latina

Evo Morales teme atentado contra Papa "anticapitalista"

Presidente boliviano disse que razão pela qual o Papa sempre pede que rezem por ele é o perigo de um atentado

13 jul 2015 - 18h26
(atualizado às 19h47)
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta segunda-feira (13) temer um atentado contra a vida do papa Francisco por considerá-lo "anticapitalista e anti-imperialista" e que acha que é por isso que o pontífice pede aos fiéis que rezem por ele.

Evo Morales entrega crucifixo em forma de foice e martelo ao papa Francisco
Evo Morales entrega crucifixo em forma de foice e martelo ao papa Francisco
Foto: Divulgação/BBC Brasil

Em um evento na região tropical de Yungas de La Paz, Morales se referiu ao pedido que Francisco costuma fazer ao encerrar seus discursos, para que o povo reze por ele. "Eu tenho muito medo de que o irmão papa Francisco, que é anticapitalista e anti-imperialista, sofra um atentado contra sua vida. Por isso está nos pedindo 'orem por mim', eu entendi perfeitamente", afirmou o presidente boliviano. Ele acrescentou que devem buscar nas orações em como "defender e assumir a defesa do papa Francisco, que está se chocando diretamente contra o capitalismo porque a origem da pobreza é o capitalismo, é o imperialismo".

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O sumo pontífice visitou duas regiões bolivianas na semana passada, parte da tour latino-americana que também o levou ao Equador e ao Paraguai. Na sua visita à Bolívia, o papa se reuniu com Morales, com instituições da sociedade civil e com religiosos, e também celebrou uma grande missa, assistiu a um encontro de organizações populares e visitou os detentos da prisão de Palmasola, a mais perigosa do país.

Francisco é o segundo pontífice a viajar para a Bolívia, 27 anos depois de João Paulo II. Morales indicou que João Paulo II visitou o país quando Víctor Paz Estenssoro (1985-1989) era o presidente, e avaliou que por isso foi uma viagem "para consolidar o neoliberalismo". "Antes em algumas épocas a igreja também era cúmplice da dominação, da opressão, da submissão e agora o irmão papa Francisco chegou para apoiar e apostar neste processo de libertação", argumentou o presidente, em alusão as suas reformas na Bolívia.

Além disso, Morales voltou a destacar as "enormes coincidências" entre seu governo e o discurso do papa "sobre o capitalismo, sobre os direitos da mãe terra, sobre o tema da pobreza".

Também reiterou seu agradecimento à menção feita pelo papa sobre a reivindicação marítima boliviana contra o Chile, em discurso de Francisco sobre a necessidade de diálogo entre os países para resolverem seus conflitos.

EFE   
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