'China quer controlar economia mundial', diz secretário do Tesouro dos EUA sobre exportação de terras raras
O governo dos Estados Unidos pediu nesta quarta-feira (15) uma reação conjunta contra as restrições impostas pela China às exportações de terras raras — materiais essenciais para setores como tecnologia, energia, indústria automotiva e defesa. "É a China contra o resto do mundo", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em uma coletiva de imprensa realizada a poucos metros da Casa Branca.
O governo dos Estados Unidos pediu nesta quarta-feira (15) uma reação conjunta contra as restrições impostas pela China às exportações de terras raras — materiais essenciais para setores como tecnologia, energia, indústria automotiva e defesa. "É a China contra o resto do mundo", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em uma coletiva de imprensa realizada a poucos metros da Casa Branca.
"Não vamos permitir que um grupo de burocratas em Pequim tente controlar as cadeias produtivas globais", declarou Bessent. O representante de Comércio, Jamieson Greer, reforçou: "Não é um problema só dos Estados Unidos. Trata-se de uma tentativa de coerção econômica contra todos os países."
Segundo Bessent, os chineses "querem controlar a economia mundial" e os EUA já estão em diálogo com parceiros internacionais para organizar uma resposta. As declarações foram feitas durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, que reúnem autoridades econômicas de diversos países em Washington.
Na semana passada, a China — maior produtora mundial de terras raras — anunciou novos controles sobre tecnologias ligadas a esses materiais. A medida provocou a reação do presidente Donald Trump, que ameaçou impor novas tarifas sobre produtos chineses e cancelar o encontro com Xi Jinping previsto para o fim de outubro, durante a cúpula da APEC na Coreia do Sul.
Tom conciliador
Apesar das ameaças, Bessent adotou um tom mais conciliador: "A China está aberta ao diálogo. Estou otimista quanto à possibilidade de reduzir as tensões." Trump também alternou sinais: elogiou sua relação pessoal com Xi Jinping, mas ameaçou suspender a compra de óleo de cozinha chinês pelos EUA.
Pequim defendeu os novos controles, alegando que estão de acordo com práticas internacionais. Já o comissário europeu de Economia, Valdis Dombrovskis, classificou as regras como "preocupantes" e afirmou que a União Europeia está pronta para uma resposta coordenada, inclusive no âmbito do G7.
Com AFP