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Mundo

Ambulantes protestam contra proibição na Fontana di Trevi

Grupo acusa prefeita de Roma, Virginia Raggi, de antissemitismo

12 jan 2020 - 12h44
(atualizado às 13h14)
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Vendedores ambulantes protestaram neste sábado (11) contra a decisão da Prefeitura de Roma de remover 17 bancas de comércio de algumas áreas do centro histórico da cidade, incluindo a Fontana di Trevi.

Protesto de ambulantes na praça que abriga a Fontana di Trevi, em Roma
Protesto de ambulantes na praça que abriga a Fontana di Trevi, em Roma
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A manifestação ocorreu pouco antes de uma visita da prefeita Virginia Raggi à fonte mais famosa da capital e contou com bandeiras da Itália e de Israel, já que muitos ambulantes são judeus.

"Parece haver uma ponta de antissemitismo contra uma categoria histórica da comunidade hebraica. Mais de 100 anos de autorizações regulares, removidas apenas durante as leis raciais [no período fascista], foram novamente revogadas", disse o vice-presidente da associação que reúne os vendedores ambulantes, Angelo Pavoncello.

Segundo ele, a Prefeitura não tem o mesmo rigor ao combater vendedores clandestinos. Um dia antes, o presidente da Comissão de Comércio da Câmara Municipal de Roma, Andrea Coia, havia sido agredido com uma cabeçada por um ambulante.

Apesar das críticas da categoria, Raggi não voltou atrás na decisão. "Restituímos essa e outras praças históricas à livre circulação dos cidadãos. Não há mais aquelas bancas que obstruíam a vista dos monumentos. Estamos devolvendo os monumentos a seu esplendor original", disse a prefeita durante sua visita à Fontana di Trevi.

Segundo Raggi, os comerciantes afetados poderão escolher entre uma indenização e uma licença de táxi. "Ninguém perderá o trabalho", prometeu. A medida também atingiu ambulantes da Piazza di Spagna, do Pantheon e da Piazza Navona, onde fica a sede da Embaixada do Brasil na Itália.

Ansa - Brasil   
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