A presidência interina egípcia expressou neste domingo sua tristeza pela morte de 72 manifestantes na véspera nos confrontos no Cairo, mas culpou "um contexto de terrorismo" por estes distúrbios e prometeu que eles serão investigados.
"Estamos tristes pelo derramamento de sangue de 27 de julho", declarou à imprensa Mustapha Hegazy, um conselheiro do presidente interino Adli Mansour. "Não podemos dissociar isto do contexto do terrorismo", acrescentou. "Há uma onda de terrorismo, nós a quebraremos", insistiu o conselheiro de Mansour.
As autoridades de transição "utilizam todos os canais para encontrar uma solução com o objetivo de evitar derramar o sangue" dos manifestantes de Rabaa al-Adawiya, disse, classificando o acampamento como uma "fonte de terrorismo".
Milhares de partidários de Mursi acampam no local desde sua destituição pelo exército, no dia 3 de julho, para exigir que seja restabelecido em suas funções.
Menino egípcio ora de joelhos ao lado de seu pai, um simpatizante de Mursi que foi baleado durante confronto com as forças de segurança em Cidade Nasr. nos arredores do Cairo
Foto: AP
Corpos de mortos no confronto são cobertos por lençois brancos dentro de hospital de campo no Cairo
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Sangue e roupas são vistas ao redor de corpos não identificados de mortos no massacre
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Simpatizante de Mursi mostra as mãos sujas de sangue após o confronto
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Egípcios choram a morte de companheiros mortos nos confrontos
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Egípcio checa a identidade de simpatizante da Irmandade Muçulmana morto a tiros
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Egípcio pede que seu companheiro seja atendido com urgência em hospital de campo
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Simpatizantes de Mursi atiram pedras atrás de barricada improvisada
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Simpatizantes de Mursi correm de gás lacrimogêneo utilizado para dispersar a manifestação
Foto: Reuters
As autoridades reforçaram a segurança nesta sexta-feira no Cairo e no restante do país para este dia de alto risco, no qual grupos adversários mediam forças nas ruas num momento em que a violência relacionada aos conflitos políticos deixou mais de 200 mortos em um mês
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Nesta sexta, a justiça ordenou a prisão preventiva de Mursi, detido pelo Exército em um local secreto desde sua deposição, em 3 de julho, alegando que havia fugido em 2011 de uma prisão na qual havia ficado preso pelo regime de seu antecessor, Hosni Mubarak, com a ajuda do Hamas palestino
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"Eles não atiram para ferir, atiram para matar", declarou o porta-voz da Irmandade, Gehad El-Haddad. Ele acredita que ao menos 175 pessoas tenham sido atingidas por disparos, muitas na cabeça e no peito. Não há ainda qualquer número oficial sobre a ocorrência
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Dezenas morreram na madrugada deste sábado, por conta de confrontos entre forças de segurança e manifestantes pró-Mursi nas ruas do Cairo, segundo estimativa divulgada pela Irmanda Muçulmana. Ainda de acordo com o partido, o número de fatalidades pode passar de cem, pois há uma grande quantidade de feridos
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Simpatizantes de Mursi carregam colega ferido durante o confronto
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