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África

Parlamento líbio falha em 8ª tentativa de eleger presidente

Votação foi adiada mais uma vez por causa da ausência de parlamentares na sessão

2 jul 2014 - 13h17
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O Parlamento do Líbano fracassou nesta quarta-feira, novamente por causa da falta de quórum, em sua oitava tentativa de escolher um presidente, dada as diferenças entre os principais blocos políticos do país.

O presidente da câmara, Nabih Berri, suspendeu a sessão e convocou os deputados para uma nova tentativa no próximo dia 23 de julho, já que os parlamentares da coalizão 8 de Março, liderada pelo grupo xiita Hezbollah e propícia ao regime de Damasco, realizaram um boicote.

Para que a votação possa ser realizada, o Parlamento precisa contar com a presença de dois terços dos deputados (86 dos 128), enquanto a escolha do presidente depende da aprovação da maioria absoluta.

A presidência está vacante desde 25 de maio, quando expirou o mandato de seis anos de Michel Suleiman. Até o momento, dois candidatos dividem a disputa: Samir Geagea, chefe do partido Forças Libanesas e membro da coalizão 14 de Março, contrária ao regime sírio, e Henri Helu, apoiado pelo líder druso Walid Jumblatt.

Por sua parte, o general Michel Aoun, aliado do Hezbollah, não declarou sua candidatura e propôs que essa escolha fosse feita através do sufrágio universal em dois turnos, um para os cristãos e outro para todos os libaneses, o que exigiria de uma emenda da Constituição.

Em entrevista coletiva, Geagea ressaltou hoje que uma emenda constitucional necessitaria de muito tempo e consenso político, fatores que, segundo ele, dificultariam ainda mais o processo. "Não é o momento para fazer essa proposta", declarou.

No entanto, Geagea convidou o general Aoun a se apresentar oficialmente como candidato para que os deputados possam elegê-lo.

Segundo o sistema confessional em vigor no Líbano, o presidente deve pertencer à comunidade cristã maronita; o primeiro-ministro à muçulmana sunita; e o chefe do parlamento à muçulmana xiita.

Em caso de indefinição presidencial, como ocorre agora, o Conselho de Ministros assume a função de dirigir o país.

EFE   
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