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África

Após Primavera Árabe, Tunísia elege líder de 88 anos

Beji Caid Essebsi é o novo presidente do país

22 dez 2014 - 12h04
(atualizado às 12h05)
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Beji Caid Essebsi discursa em frente à sede do partido Nidaa Tounes em Tunes, em 21 de dezembro
Beji Caid Essebsi discursa em frente à sede do partido Nidaa Tounes em Tunes, em 21 de dezembro
Foto: Zoubeir Souissi / Reuters

Na primeira eleição livre desde o fim do regime de Ben Ali, destituído na Primavera Árabe de 2011, a Tunísia escolheu neste domingo (21) o candidato Beji Caid Essebsi como novo presidente do país.

Líder do partido laico Nidaa Tounes, o veterano político de 88 anos venceu no segundo turno o presidente interino, Moncef Marzouki, que é sustentado pelos votos islâmicos. Na contagem dos votos, Essebsi teve entre 53,8%, de acordo com números citados pela TV pública da Tunísia.

Apesar da calma ocorrida durante a votação em todo país, o candidato derrotado Marzouki não admitiu o resultado. Segundo ele, a declaração de vitória de Essebsi "não é democrática". Ele também acusa a ocorrência de fraude eleitoral.

Em entrevista ao jornal Corriere della Sera, o presidente eleito afirmou que "a Tunísia escolheu sua estrada. Somos todos muçulmanos moderados que aceitamos todos", afirmou Essebsi, que não se entusiasma em fazer acordo com os partidos muçulmanos. "O irmãos muçulmanos? Não sei se faremos coalizão com eles. Não é urgente", disse o presidente. Durante a campanha, o seu partido Nidaa, um grupo heterogêneo que reúne personalidades de esquerda, centro direita e até caciques do regime de Ben Alí, realizou uma campanha agressiva contra os islâmicos do Ennahda, acusados de obscurantismo.

O líder enalteceu as relações econômicas entre a Tunísia e a Itália. "Continuaremos a encorajar as empresas italianas a virem para cá. Nós nos entendemos", disse Essebsi.

Fonte: Ansa Brasil
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