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Mundo

Com África, população mundial vai superar 10 bi neste século

Ainda segundo a ONU, a Índia será o país mais populoso do mundo em sete anos

29 jul 2015 - 15h50
(atualizado às 17h34)
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O forte crescimento demográfico em toda a África e em vários países de outros continentes nas próximas décadas vai fazer com que a população mundial dispare e supere o número de 10 bilhões neste século, segundo as estimativas mais recentes das Nações Unidas.

O mundo, que atualmente conta com 7,3 bilhões de habitantes, chegará a 8,5 bilhões em 2030 e a 9,7 bilhões em 2050, segundo o relatório publicado nesta quarta-feira pelas Nações Unidas.

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Para o ano de 2100, a população mundial será de 11,2 bilhões de pessoas, um crescimento demográfico que será impulsionado principalmente pelos países em desenvolvimento, um fenômeno que apresenta grandes problemas, segundo a ONU.

"A concentração do crescimento populacional nos países mais pobres apresenta seu próprio conjunto de desafios, tornando mais difícil erradicar a pobreza e a desigualdade, o combate à fome e à desnutrição e a expansão do acesso à educação e aos sistemas de saúde", explicou o diretor de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, John Wilmoth.

As próximas décadas representarão um giro radical na atual ordem demográfica mundial, segundo as estimativas das Nações Unidas.

Para começar, em apenas sete anos, a Índia vai superar a China como o país mais populoso do mundo, com cerca de 1,4 bilhões de habitantes, um posto que seguirá consolidando nas décadas seguintes.

Além disso, a Nigéria, o maior país da África, com aproximadamente 182 milhões de pessoas, simbolizará perfeitamente o "boom" do continente e passará da sétima nação mais populosa do mundo para a terceira.

Para 2050, estima-se que a Nigéria terá quase 400 milhões de habitantes, superando os Estados Unidos, onde a população passará dos 322 milhões atuais para cerca de 389 milhões.

Para meados deste século, espera-se que seis países estejam acima da barreira de 300 milhões de habitantes: China, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão e EUA.

Segundo a ONU, durante as próximas décadas, o crescimento da população mundial será concentrado principalmente em nove países, a maioria deles africanos e asiáticos: Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, EUA, Indonésia e Uganda.

Com a maior taxa de crescimento demográfico do mundo, a África será responsável por mais da metade do crescimento da população mundial entre 2015 e 2050.

Nesse período, espera-se que o número de habitantes duplique em 28 países do continente. Além disso, a população será cinco vezes maior que a atual em dez deles até 2100.

Em conjunto, a África passará dos atuais 1,186 bilhão de habitantes para 2,478 bilhões em 2050, e 4,387 bilhões em 2100.

Frente a esse forte aumento, regiões como a América Latina e o Caribe terão um crescimento muito mais brando, passando dos atuais 634 milhões para 721 milhões em 2030, 784 milhões em 2050, para depois começar a cair, voltando para cerca de 721 milhões no fim do século.

O continente vai experimentar um evidente envelhecimento de sua população nas próximas décadas. Em 2050, os maiores de 60 anos serão mais de um quarto da população, enquanto atualmente representam pouco mais de 11%.

Brasil e México, que figuram entre os dez países mais populosos do mundo, continuarão crescendo até 2050, quando suas populações alcançarão o número de 238 milhões e 164 milhões, respectivamente, frente aos atuais 208 milhões e 127 milhões.

O envelhecimento da população será muito mais acentuado na Europa, onde 34% das pessoas terão mais de 60 anos em 2050, o que reduzirá o total de habitantes dos 738 milhões atuais para 707 milhões nos próximos 35 anos.

No entanto, os responsáveis pelo relatório alertaram que todas essas projeções dependem, em grande medida, da evolução da taxa de fecundidade, pois leves mudanças nela podem representar enormes diferenças depois de algumas décadas.

Nos últimos anos, essa taxa caiu praticamente em todas as áreas do mundo, inclusive em lugares como a África, onde o número de 4,7 filhos por mulher continua sendo muito alto.

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EFE   
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